FMI insiste na defesa de cortes salariais no privado

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Representantes máximos da troika na conferência de imprensa de ontem Enric Vives-Rubio

O representante permanente do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal, Albert Jaeger, defendeu hoje que o sector privado deve aplicar reduções salariais à semelhança do que está previsto para o sector público. Uma mensagem que já ontem foi defendida pelos representantes máximos da troika.

“A fim de melhorar a competitividade dos custos da mão-de-obra, os salários do sector privado deverão seguir o exemplo do sector público e aplicar reduções sustentadas”, afirmou.

Defendendo a posição assumida pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI, Albert Jaeger disse mesmo que os trabalhadores portugueses são dos que mais horas trabalham entre as economias avançadas, mas que a produtividade é baixa e, assim, são dos que menos retiram de todas essas horas que trabalham.

Segundo o representante permanente do FMI, Portugal precisa de aumentar a competitividade, defendendo, por isso, a indicação dada já esta quarta-feira de que o sector privado deve seguir o exemplo de reduções salariais dado pelo sector público, com os cortes nos subsídios e nos salários (que se mantêm para o próximo ano, pelo menos) incluídos na proposta de Orçamento do Estado para 2012.

“O sucesso do programa depende fundamentalmente da implementação de um amplo programa de reformas estruturais”, disse ainda o austríaco, que comparou o caminho que Portugal enfrenta para restaurar o crescimento, finanças públicas sustentáveis e a confiança na sua economia com as montanhas austríacas.

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