Número de funcionários públicos é “demasiado elevado”, diz a troika

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Representante do FMI diz que não há alternativa aos cortes Rui Gaudêncio/arquivo

A missão da Comissão Europeia, FMI e BCE considera que não há alternativa ao corte dos subsídios de férias e Natal aos funcionários públicos.

“Contamos com o Governo português e com o plano do Governo para cortar salários e não discutimos qualquer plano B sobre este tema”, afirmou hoje Jürgen Kröger, chefe de missão da Comissão Europeia, na conferência de imprensa onde a troika apresentou a sua avaliação trimestral sobre o cumprimento do programa de ajuda externa.

O líder de missão do FMI, Poul Thomsen, garantiu mesmo não haver alternativa ao corte dos subsídios a funcionários públicos e pensionistas.

Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade hoje deixada em aberto pelo Governo de vir a avançar com rescisões amigáveis na função pública, Jürgen Kröger disse que “o número de funcionários no sector público é demasiado elevado, não só em comparação com o sector privado, mas também em termos europeus”.

Vítor Gaspar garantira, antes de a troika falar, que os cortes nos subsídios é temporário, mas não fechou a porta a rescisões amigáveis na função pública, admitindo que essa é uma área que exigirá ao Governo “trabalho adicional de preparação”. O secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, esclareceu que a possibilidade de rescisões por mútuo acordo está permitida na lei, faltando apenas regulamentar.

Notícia actualizada às 19h22
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