Governo duvida que todos os bancos dispensem a linha de capitalização

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Programa da troika prevê 12 mil milhões para recapitalização da banca Rui Gaudêncio

O primeiro-ministro admitiu hoje que será difícil que toda a banca dispense o recurso à linha de capitalização de 12 mil milhões de euros, mas salientou que o Estado não quer ser dono dos bancos.

“Parece-me difícil que toda a banca dispense de aceder a este mecanismo”, afirmou Pedro Passos Coelho, referindo-se à linha de capitalização de 12 mil milhões de euros destinada aos bancos, que está integrada no programa de ajuda externa.

Durante a sua intervenção na conferência “Portugal 2012: Os desafios do Orçamento do Estado”, o primeiro-ministro anunciou ainda que a solução que definirá os termos de uma eventual recapitalização dos bancos deverá ficar decidida na reunião do Conselho de Ministros da próxima semana. Mas garantiu: “se o Estado vier a entrar no capital dos bancos, será um accionista passivo”, que “não tenciona imiscuir-se na gestão dos bancos nem ser dono desses bancos”.

Ainda assim, acrescentou o primeiro-ministro, o Estado poderá fazer algumas recomendações aos bancos que recorram a ajuda estatal, como a não distribuição de dividendos.

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