Satélites do GPS europeu foram lançados com sucesso na Guiana Francesa

Foto
ESA

Os dois satélites IOV, do sistema europeu de GPS, foram lançados com sucesso esta manhã em Kourou, na Guiana Francesa e já foram colocados em órbita.

O lançamento do foguetão russo Soiuz aconteceu hoje às 11h31 (hora de Lisboa), pela primeira vez na Guiana Francesa; os foguetões russos Soiuz são, normalmente, lançados do Norte da Rússia, em Plesetsk, e do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

Os dois satélites - IOV1 e IOV2 (In-Orbit Validation, IOV), cada um com cerca de 700 quilos - fizeram uma viagem de cerca de 3h44m, quando foram finalmente colocados em órbita, a 23.222 quilómetros de altitude.

Cerca de dois minutos depois do lançamento, separaram-se os quatro propulsores do foguetão; oito minutos depois foi a vez da separação da parte superior, chamada "Fregat", onde se encontram os dois satélites. Este módulo accionou os seus próprios motores e levou os IOV até à órbita prevista.

“Este lançamento representa muito para a Europa: pusemos em órbita os dois satélites do Galileu, um sistema que vai colocar o nosso continentes como um jogador mundial no domínio estratégico das navegações de satélite, um domínio que tem enormes perspectivas económicas”, disse Jean-Jacques Dordain, director-geral da Agência Espacial Europeia.

Este lançamento é considerado um passo crucial para o sistema Galileu, projecto que pode significar o fim da dependência europeia do GPS, o equivalente norte-americano. De acordo com a ESA (agência espacial europeia), outros dois satélites deverão ser lançados para o próximo ano.

Os quatro satélites serão o núcleo operacional deste sistema de posicionamento geográfico que, quando estiver concluído, contará com um total de 30 satélites. Este projecto permitirá às "empresas e aos cidadãos o acesso directo a um sinal de navegação por satélite produzido pela Europa", salienta hoje a Comissão Europeia em comunicado. A partir de 2014, o Galileu poderá ajudar a "uma navegação automóvel mais precisa, uma gestão mais eficaz dos transportes rodoviários, melhores serviços de busca e salvamento, transacções bancárias mais seguras e um abastecimento mais fiável de energia eléctrica", acrescenta, a título de exemplo.

Segundo um comunicado da Arianespace, os foguetões Soiuz já realizaram 1770 missões em outras duas bases: no Cosmódromo de Baikonur (Cazaquistão) e no Cosmódromo de Plesetsk, na Rússia.

Notícia actualizada às 17h41
Sugerir correcção
Comentar