Bruxelas direcciona 50 mil milhões para financiar transportes, energia e telecomunicações

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Pacote da Comissão destina 9,1 mil milhões para investimento em energia Yves Herman/Reuters

A Comissão Europeia apresentou hoje um plano para financiar com 50 mil milhões de euros projectos para a melhoria das redes europeias de transportes, infra-estruturas energéticas e nas telecomunicações até 2020. A fase piloto do projecto arranca no próximo ano. Quase dois terços do financiamento vão para os transportes.

Com o “Mecanismo Interligar a Europa”, Bruxelas seleccionou alguns projectos em que este investimento adicional da União Europeia (UE) possa ter maior impacto e que atraia outros financiamentos públicos ou privados.

Dos três sectores em que a rede vai intervir (numa fase piloto entre 2012 e 2013), a maior fatia destina-se a promover infra-estruturas de transportes, construindo troços que faltam ou suprimindo pontos de estrangulamento da rede, explica a Comissão num comunicado. O montante destinado a complementar o financiamento de projectos é de 32,7 mil milhões de euros, dos quais dez mil milhões estão reservados no Fundo de Coesão.

Nos transportes, só 21,7 mil milhões estão disponíveis para todos os Estados-membros da União, já que a outra fatia está reservada aos países que beneficiam dos recursos do Fundo de Coesão, isto é, os países, como Portugal, que têm um rendimento nacional bruto per capita inferior a 90% da média europeia.

O montante fica muito longe dos 500 mil milhões de euros que Bruxelas estima serem necessários para completar, até 2020, o projecto de uma rede europeia de transportes que melhore “as ligações entre diferentes partes a UE, a fim de tornar mais fácil o intercâmbio de bens e pessoas nos diferentes países”.

Para infra-estruturas no sector energético, o investimento é de 9,1 mil milhões de euros. Já com esta parcela, a Comissão Europeia espera atingir os objectivos fixados pelos 27 nos domínios da energia e do clima, se beneficiar do “efeito de alavanca” que traga financiamento privado e público adicional.

O mecanismo prevê ainda os restantes 9,2 mil milhões de euros para investimento em redes de banda larga rápida e muito rápida e serviços digitais, como registos electrónicos de cuidados de saúde, sistemas de justiça em linha e serviços relacionados com as alfândegas, explica a Comissão. Bruxelas considera, “com base em estimativas prudentes”, que este financiamento mobilize investimentos superiores a 50 mil milhões de euros.

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