Esquilo-vermelho pode desaparecer em Inglaterra dentro de 20 anos

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O esquilo-vermelho está classificado como espécie prioritária no Reino Unido desde 1997 Katarina Stoltz/Reuters

Dentro de 20 anos, o esquilo-vermelho pode desaparecer em Inglaterra e outras espécies de pequenos mamíferos - como o ouriço-cacheiro - serão cada vez mais raras, alerta um relatório do departamento de Biodiversidade da Universidade de Oxford.

Na última década, as populações dos mamíferos britânicos têm vindo a perder terreno, como a lebre e vários pequenos roedores, alerta o relatório “State of Britain’s Mammals 2011”.

Sete espécies de mamíferos com estatuto prioritário de conservação continuam em declínio, citou o jornal The Guardian. As populações de esquilo-vermelho, espécie prioritária no Reino Unido desde 1997, registaram uma redução de 50 por cento nos últimos 50 anos. A principal ameaça, segundo o relatório, é o esquilo-cinzento, espécie invasora introduzida no Reino Unido no final do século XIX e início do século XX. O relatório alerta que o esquilo-vermelho "deverá, muito provavelmente, extinguir-se em Inglaterra nos próximos 20 a 30 anos a menos que sejam tomadas medidas eficazes".

O ouriço-cacheiro, classificada como espécie prioritária desde 2007, sofre com a fragmentação e perda dos habitats e com a utilização de pesticidas. Em 1995 a sua população estava estimada em 1,5 milhões de indivíduos (1,1 milhão em Inglaterra, 310 mil na Escócia e 145 mil no País de Gales), quando na década de 1950 estimava-se ser de 30 milhões.

Ainda assim há boas notícias para as lontras e para os morcegos, cujas populações estão a aumentar. Na verdade, as lontras têm hoje rios com águas mais limpas, depois de uma proibição ao uso de determinados químicos na década de 90.

“Apesar de muitos mamíferos terem registado um declínio nos últimos 25 anos, alguns parecem ter estabilizado ou mesmo aumentado as suas populações na última década”, escrevem os autores do relatório, Dawn Burnham e David MacDonald. “Das 25 espécies nativas da Inglaterra, metade estão estáveis (não necessariamente em bom estado) ou a aumentar.”

O relatório foi elaborado pelo Departamento de Conservação da Vida Selvagem, da Universidade de Oxford, e pela associação People’s Trust for Endangered Species, criada em 1977.

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