Nos primeiros seis meses do ano, os portugueses gastaram menos 21 cêntimos por cada acto de compra em lojas alimentares, face ao mesmo período de 2010.

De acordo com dados da Nielsen, disponibilizados ao PÚBLICO pela Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), cada lar em Portugal foi 52 vezes às compras, o mesmo número que no ano passado, e gastou em média 25,65 euros, uma diferença residual face a 2010, quando o gasto por acto de compra foi de 25,86 euros.

No acumulado, entre Janeiro e Junho, cada família gastou em média 1322 euros em supermercados e hipermercados, menos 28 euros em relação ao período homólogo.

Com o orçamento familiar mais apertado, os portugueses não estão a gastar menos, mas são mais criteriosos nas escolhas. Compram marcas alimentares mais baratas e poupam no que não é essencial, como roupa e entretenimento.

No primeiro semestre, as vendas de bebidas alcoólicas não cresceram (as não alcoólicas caíram 1%), tal como as de produtos de higiene pessoal e para o lar.

Os lacticínios subiram 1%, mas a maior diferença face ao mesmo período de 2010 reside nos produtos congelados: o consumidor põe um travão nas idas ao restaurante, mas compra mais seis por cento deste tipo de bens. Já as compras de produtos de mercearia cresceram três por cento.

Comparando com o ano passado, 68 por cento dos portugueses diz que prefere poupar em entretenimento fora do lar (59% em 2010) e quase 70% admite despender menos dinheiro em vestuário.