Madeira divulga investimentos para contrariar acusações de despesismo

A presidência do Governo Regional divulgou hoje uma série de “números sobre a Madeira” que fazem a comparação entre a realidade no arquipélago em 1976 e 2011 para contrariar as acusações de despesismo e esbanjamento de dinheiros públicas.

No extenso documento enviado à agência Lusa, intitulado “a Madeira que fizemos”, o gabinete do líder regional, Alberto João Jardim, enuncia os investimentos e as mudanças estruturais alcançadas neste arquipélago nos últimos 35 anos.

Segundo a mesma fonte, “o Governo da República não fez qualquer obra na Madeira nos últimos 35 anos, desde que foi implementada a autonomia nesta Região”.

A construção de escolas, estradas, habitação social, portos, aeroportos, hotéis e os acréscimos de vários indicadores económicos são enunciados nesta nota.

Começa por destacar, no sector da educação, a construção de várias escolas nos diversos graus, sobretudo no ensino superior, que era inexistente em 1978, sendo que agora 3574 alunos frequentam quatro estabelecimentos nesta área.

A mesma informação menciona que naquele ano existiam apenas cinco estabelecimentos de ensino e hoje o número ascende a 178, tendo passado de 505 para 7960 o número de alunos que o frequentam nesta região.

No que diz respeito à habitação, a nota do Governo madeirense salienta que o número das famílias beneficiárias de intervenção do Executivo em 1976 passou de 148 para 14.792.

Outro indicador mencionado é a taxa de inflação, que diminuiu de 23% (1978) para 2,0%, enquanto o salário médio regional aumentou de 457,7 euros (1983) para 1.013,57 euros e a média dos que recebem o salário mínimo retrocedeu de 7,6% (1991) para 5,6%.

Realça também que a extensão da rede de estradas da Madeira, que era de 371 quilómetros, cobre hoje mais de 674 quilómetros, tendo sido construída uma via rápida e expresso, estando ainda em construção 32,30 quilómetros.

O aumento da extensão das pistas dos aeroportos da Madeira e Porto Santo, a construção de mais cinco portos e terminais marítimos e diversas infra-estruturas desportivas e sociais, entre os quais lares de acolhimento para jovens, centros de dia e residências para idosos, existindo apenas três contra os 24 que hoje apoiam esta faixa etária da população são outros factores referidos.

Em termos económicos, a presidência do Governo Regional diz que o volume de negócios na actividade comercial era 37.000 milhares de euros, sendo no presente de 3.058.725 milhares.

Outros indicadores apontados são o consumo de energia eléctrica, que subiu de 96,4 Gigawatt para 891 Gwh, as vendas de cimento, que passaram de 82.828 para 251.745 toneladas. Refere ainda os estabelecimentos hoteleiros, que aumentaram de 90 para 197, o que aumentou a capacidade de alojamento de 11.314 camas para 28.530 e permitiu que o mais importante sector económico regional registasse um crescimento de receitas de 7,5 milhões de euros para mais cerca de 227 milhões.

Adianta que o Produto Interno Bruto Regional, que em 1990 era de 966 milhões de euros é agora de 5280 milhões de euros, enquanto o PIB por pessoa (per capita) que era 3.800 euros em 1990 passou para 21.392 euros, salientando que alterou dos 69% em relação à média nacional nesse ano para 132% e de 41% para 97% em comparação com os níveis da União Europeia.

Menciona ainda que as receitas regionais aumentaram de 14.756 mil euros para 1.201.411 mil euros nestes últimos 33 anos.

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