Taxa de desemprego diminuiu em Julho pelo segundo mês seguido

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12,6 por cento é a nova taxa recorde registada para Portugal Joana Freitas (arquivo)

A taxa de desemprego em Portugal diminuiu em Julho pelo segundo mês consecutivo, para 12,3 por cento, segundo dados divulgados hoje pelo Eurostat, que regista um novo valor máximo histórico no país, de 12,6 por cento.

Os dados do Eurostat para Portugal mostram que a taxa de desemprego deverá ter tido um pico de 12,6 por cento em Abril e Maio, após a revisão em alta deste mês, para começar depois a baixar em Junho e Julho, o que é consistente com o habitual aumento sazonal do nível de emprego no Verão, devido à maior procura no turismo e hotelaria, apesar de os dados divulgados pelo Eurostat estarem ajustados aos efeitos de sazonalidade.

A taxa de desemprego na zona euro e na UE ficou no mês inalterada face a Junho, em respectivamente 10,0 e 9,5 por cento, após os valores divulgados no final do mês passado terem sido também revistos em alta de 0,1 pontos percentuais, em ambos os caos.

O INE (Instituto Nacional de Estatística), que só divulga valores trimestrais obtidos por inquérito, calculou em 12,1 por cento o desemprego no país no segundo trimestre, um recuo face a ao máximo histórico de 12,4 por cento registado no primeiro trimestre.

A discrepância entre os valores das duas instituições resulta de metodologias diferentes, e geralmente o Eurostat acaba por corrigir os seus valores nalgumas décimas após serem divulgados os dados do INE para cada trimestre. Foi o que aconteceu do mês passado para este mês, com uma revisão em alta dos valores de Março a Junho.

A taxa de desemprego de Março a Maio era de 12,4 por cento nos valores divulgados no final do mês passado, mas hoje os valores divulgados são de 12,5 por cento para Março e 12,6 para Abril e Maio. Em relação a Junho, o valor passou de 12,2 para 12,5 por cento.

Os 12,6 por cento registados para aqueles dois meses constituem um novo recorde de taxa de desemprego em Portugal desde que há registos, quer desde que o INE acompanha o desemprego (segundo trimestre de 1983), quer desde que há registo nas séries longas do Banco de Portugal, que no caso do desemprego remonta a 1953 e utiliza um conceito mais lato que o actual.

A Espanha continua a ter a taxa de desemprego mais elevada na zona euro e na UE, que em Julho subiu para 21,2 por cento, um novo máximo desde que disparou na sequência da crise internacional. A taxa mais baixa regista-se na Áustria, de 3,7 por cento.

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