Polícia britânica interceptou mensagens sobre ataques a locais dos Jogos Olímpicos

Foto
Sistema de "chat" da Blackberry é muito usado pelos jovens britânicos Mark Blinch/Reuters

A polícia britânica interceptou mensagens enviadas através da rede social Twitter e de telemóveis Blackberry sobre a preparação de ataques a locais onde, no próximo ano, irão realizar-se os Jogos Olímpicos de Londres.

As mensagens detectadas visavam não só recintos desportivos que serão usados durante os próximos Jogos Olímpicos mas também lojas da movimentada Oxford Street e dois centros comerciais da cadeia Westfield, na zona este e oeste de Londres, adiantou o diário britânico The Guardian. A comissária adjunta da Polícia Metropolitana de Londres, Lynne Owens, adiantou nesta terça-feira, na Comissão de Assuntos Internos do Parlamento britânico, que foram enviados diversos agentes aos recintos desportivos.

As mensagens foram detectadas depois de as autoridades terem seguido o que estava a ser enviado através do Twitter e de telemóveis Blackberry na sequência dos tumultos que ocorreram no Reino Unido, na semana passada. Foi sobretudo monitorizado o sistema Blackberry Messenger, que permite o envio gratuito de mensagens instantâneas e que é muito utilizado pelas faixas etárias mais jovens do Reino Unido.

Owens garantiu que a polícia conseguiu garantir a segurança nos locais visados e “evitar qualquer dano”. A menos de um ano das Olimpíadas, há diversos recintos desportivos ainda em construção no Reino Unido e os tumultos da semana passada vieram aumentar as preocupações relacionadas com a segurança.

As redes sociais têm sido alvo da atenção das autoridades e o comissário da polícia Tim Godwin chegou a sugerir que o seu uso possa ser interditado em determinadas situações, sublinhou a BBC. Na semana passada, quando os tumultos alastraram de Londres a várias cidades britânicas, Godwin adiantou que a polícia estava a receber novas informações a cada segundo.

A empresa que fabrica os Blackberry, a RIM, disponibilizou-se para colaborar com as investigações da polícia sobre os tumultos, o que levou a empresa a ser alvo de ataques informáticos que terão sido levados a cabo como forma de protesto contra uma eventual disponibilização dos dados dos utilizadores.

Notícia corrigida às 19h15 e às 10h14 de 17.08.2011
Sugerir correcção
Comentar