CGTP: Aumento do IVA no gás e electricidade terá forte impacto nas famílias

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sindical liderada por Manuel Carvalho da Silva defende medidas de estímulo da economia Carlos Lopes

A CGTP considera “brutal” o aumento do IVA na electricidade e no gás, cuja antecipação para o último trimestre do ano o Governo anunciou hoje. Para a central sindical, a subida vai ter um “forte impacto” nas condições de vida das famílias e comprimir ainda mais a “depauperada” procura interna.

“Esse impacto resulta da magnitude do aumento (de seis por cento para 23 por cento) e da sua conjugação com medidas de austeridade que vêm sucessivamente a serem tomadas desde a primavera do ano passado”, afirma a central sindical em comunicado hoje divulgado.

A CGTP lembra que esta não é a primeira vez que o Governo recorre a mais medidas de austeridade que tornam ainda mais gravoso o chamado acordo com a troika tendo como pretexto a existência de um “buraco” orçamental.

“Assim aconteceu com a criação de uma taxa extraordinária do IRS, a qual representa metade do subsídio de Natal”, acrescenta, ressalvando que, no entanto, continuam a não ser explicadas as razões para esse desvio na previsão do défice público, nomeadamente sobre as áreas e os motivos.

“O que é claro é que, em nome desse ‘buraco’, se aprofundam os sacrifícios para a generalidade da população”, lê-se no comunicado.

“Estas medidas, ao comprimirem ainda mais a depauperada procura interna, têm efeitos recessivos num contexto internacional em que a procura externa, da qual dependem as exportações, está ameaçada pelos riscos de uma nova recessão global”, conclui.

A sindical liderada por Manuel Carvalho da Silva defende medidas de estímulo da economia, de criação de emprego, aumento dos salários e das pensões.

Para a CGTP-IN, a política seguida pelo Governo “traduz uma subserviência” face às autoridades europeias e ao Fundo Monetário Internacional “quando o Governo bem sabe que estas pretendem a aplicação da austeridade, mesmo que provoque a recessão, não para ajudar o país mas simplesmente para defender os interesses dos credores da dívida pública portuguesa”.

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