Só dois chegaram à meta da Red Bull X-Alps

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A quinta edição da Red Bull X-Alps, uma travessia dos Alpes em parapente e a pé, confirmou a tradição de extrema dureza da prova.

Apenas dois dos 30 concorrentes que alinharam à partida, em Salzburgo, na Áustria, conseguiram cortar a meta, no Mónaco. Ganhou o suíço Christian Maurer, enquanto o português Nuno Virgílio foi um dos eliminados ao longo do percurso.

Maurer completou os 864 km do percurso (calculados em linha recta; na verdade, acabou por fazer mais do dobro...) em 11 dias, quatro horas e 22 minutos – e isto apesar de lhe ter sido aplicada uma penalização de 24 horas de imobilização, por ter invadido espaço aéreo proibido. O único que o conseguiu acompanhar na meta (a prova termina 48 horas depois de o primeiro terminar) foi o romeno Toma Coconea, enquanto o terceiro, o austríaco Paul Guschlbauer, se quedava a apenas nove quilómetros da linha de chegada.

Dos 30 atletas que alinharam à partida, 12 desistiram ou foram eliminados por serem os últimos a passar em cada um dos oito pontos de controlo. Foi o que aconteceu ao português Nuno Virgílio, apoiado por Samuel Lopes, que, também ele penalizado em 24 horas por uma infracção de voo, acabou por ficar pelo caminho ao sexto dia de prova. Desfecho ingrato, porque o voo era a sua arma mais forte e foi mais ou menos por essa altura que as condições meteorológicas voltaram a permitir voar...

Para Maurer, foi a segunda vitória consecutiva na duríssima epopeia alpina, que se realiza de dois em dois anos. A edição de 2011 foi particularmente violenta, dadas as condições atmosféricas: ventos fortes, chuva e até neve torturaram os participantes, obrigando-os a percorrer longas distâncias a pé. As posições finais dos concorrentes podem ser consultadas neste endereço.

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