Falharam as negociações sobre aumento da dívida dos EUA

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Os norte-americanos “estão indignados pela incapacidade do Congresso em agir”, afirmou Obama Jason Reed/Reuters

O presidente norte-americano, Barack Obama, confirmou hoje o fracasso das negociações sobre o aumento da dívida do país com o líder republicano da Câmara dos Representantes, garantindo que o caminho que propôs era “extremamente justo”.

Os norte-americanos “estão indignados pela incapacidade do Congresso em agir”, afirmou Obama, numa declaração à imprensa, em que também convocou os responsáveis do Congresso para uma reunião sábado de manhã, noticia a AFP.

Na sua declaração, o presidente norte-americano afirmou ainda que está preparado para assumir “sozinho” a responsabilidade de aumentar o limite da dívida, medida que pretende evitar que a maior economia do mundo entre em incumprimento já a 2 de Agosto.

O líder republicano da Câmara dos Representantes, John Boehner, tinha já anunciado que vai dar por concluídas as negociações com Barack Obama sobre o aumento do limite da dívida norte-americana, por não ter entrado em acordo com o Presidente.

Boehner repetiu hoje, numa carta dirigida aos seus colegas na Câmara dos Representantes, que um acordo com Obama “nunca foi atingido e nunca esteve próximo”, pelo que não foi possível chegar a um entendimento com o Presidente norte-americano, devido às “diferentes visões para o país”.

A dívida bruta federal, de cerca de 14,3 biliões de dólares (9,9 biliões de euros), atingiu em meados de maio o limite máximo autorizado pelo Congresso e o défice orçamental deve atingir os 1,6 biliões de dólares (1,108 biliões de euros) este ano.

O Tesouro norte-americano preveniu que, sem que o limite da dívida seja elevado pelos eleitos até 2 de Agosto, os Estados Unidos ficam sem capacidade de fazer face às suas obrigações, o que poderá ter consequências perigosas para a economia.

Notícia corrigida às 11h35
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