SaeR defende redução da taxa social única superior a quatro pontos percentuais

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A SaeR defende que a redução da taxa social única seja apenas para sectores exportadores Fernando Veludo

O presidente da SaeR defendeu hoje que só com uma redução destas é que a medida poderá ter efeitos positivos na economia, mas aconselhou que esta iniciativa seja aplicada apenas aos sectores exportadores.

“Uma redução de quatro por cento não me parece que tenha grande impacto, terá de ser muito mais significativa. A CIP- Confederação Empresarial Portuguesa falou no corte para 15 por cento e a esse nível já fará mais sentido”, disse Poças Esteves, à margem da apresentação do relatório trimestral da Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco (SaeR).

No entanto, o presidente da SaeR lembrou que “reduzir significativamente a taxa social única poderá criar necessidade de fazer a correcção, aumentando os impostos”, pelo que esse corte tem de “ser cirúrgico e em sectores onde tenha impacto, como nas exportações”.

Segundo Poças Esteves, só deste modo será possível que o “impacto na economia seja muito mais positivo do que o impacto negativo que irá ter com o eventual aumento dos impostos”.

A redução da Taxa Social Única já estava prevista no memorando de entendimento com a ‘troika’ e foi assumida pelo novo Governo do PSD/CDS-PP de modo a conseguir uma “redução substancial” nos custos das empresas, a compensar com mais cortes na despesa e ainda “medidas na área dos impostos indirectos”.

“Há um jogo de equilíbrio que tem de ser cuidadoso”, reiterou Poças Esteves.

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