Tartarugas libertadas ao largo da Figueira

Duas tartarugas marinhas foram ontem devolvidas ao seu meio natural, após terem sido reabilitadas no Centro de Reabilitação de Animais Marinhos de Quiaios (CRAMQ), numa operação que contou com a colaboração da Marinha.

A libertação das duas tartarugas-boba, um espécie em risco, decorreu a cerca de 20 milhas náuticas do porto da Figueira da Foz, para onde os animais foram transportados a bordo de um salva-vidas dessa capitania.

Uma das tartarugas tinha sido recolhida pela Polícia Marítima de Aveiro e entregue ao CRAMQ há um ano e três meses, após dar à costa com uma infecção grave nos olhos e na pele. "A outra esteve no centro perto de dois meses, depois de ter sido capturada acidentalmente por um pescador ao largo de Olhão", explica Marisa Ferreira, do CRAMQ, o único centro de reabilitação de fauna marinha no Centro do país.

As duas tartarugas ainda jovens, uma com 24 quilos e outra com 22,5, poderão atingir os 150 quilos na idade adulta, adianta Marisa Ferreira, que acrescenta que esta espécie aparece habitualmente na costa portuguesa.

"Estas duas tartarugas foram marcadas com emissores de satélite que permitem, durante um ano e meio, avaliar o sucesso da reabilitação e desvendar segredos sobre as suas rotas de migração e deslocação ao longo da costa portuguesa", informa a Marinha num comunicado.

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