Resultados da Cimpor cresceram 27,1 por cento no primeiro trimestre

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Nélson Garrido (arquivo)

A Cimpor anunciou hoje que obteve um resultado líquido de 57,9 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que representa uma subida de 27,1 por cento face ao primeiro trimestre do ano passado.

A empresa considera, no comunicado que remeteu à CMVM, que este foi “um bom começo de ano”, sustentado num contexto económico e condições meteorológicas “globalmente favoráveis”, que permitiram um aumento do EBITDA (ganhos antes de impostos, depreciações e amortizações) de 142,4 milhões de euros, mais 15,4 por cento do que nos primeiros três meses de 2010.

O volume de negócios da empresa teve uma evolução em linha com a do EBITDA, passando de 479,4 milhões de euros no primeiro trimestre do ano passado para 547,7 milhões nos primeiros três meses deste ano (+14,3%).

A empresa assinala “o bom comportamento da maioria dos mercados” onde está presente, “tanto em termos de volumes como de preços (com realce para o Brasil, China e Turquia)”, o qual “mais que compensou” a contracção na península Ibérica, a baixa de vendas no Egipto devido à instabilidade política e a generalizada subida de preços dos combustíveis e electricidade.

Com quedas homólogas de 3,1 por cento em Portugal, de 3,7 por cento em Espanha e de 13,7 por cento no Egipto, o volume de negócios da Cimpor cresceu 125,4 por cento na China, 50,3 por cento na Turquia e 34 por cento no Brasil, que é o maior mercado da empresa (167,5 milhões de euros).

Portugal continuou o ser o segundo maior mercado da empresa (98,6 milhões de euros), seguido de Espanha (59,6 milhões) e do Egipto (51,5 milhões).

Os investimentos líquidos operacionais do grupo aumentaram para os 68,2 milhões de euros, devido sobretudo à compra de 51 por cento do capital da empresa de moagem de cimento em Moçambique CINAC.

Nova fábrica no Brasil

A Cimpor na anunciou também hoje que decidiu a construção de raiz de uma fábrica integrada de produção de clínquer e cimento em Cerrado Grande, no Estado do Paraná, Sul do Brasil, num investimento estimado em cerca de 190 milhões de euros.

A nova fábrica do Cerrado Grande utilizará uma pedreira de calcário já propriedade da Cimpor e terá uma capacidade de produção de cerca de 1,2 milhões de toneladas de cimento por ano, para permitir à empresa “beneficiar dos crescimentos previstos para os mercados do Sul e do Sudeste do Brasil”, tendo em atenção que as unidades já em funcionamento atingiram o nível máximo das respectivas capacidades.

No final do ano passado, a empresa já tinha comunicado aumentos da sua capacidade de produção de cimento nas regiões Nordeste (Caxitú) e Centro-Oeste (Cezarina) do Brasil.

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