Portas: Uma política de omissão e dissimulação das contas

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, considerou este sábado, em Estremoz, que “uma política de omissão e de dissimulação das contas públicas” vai ter um preço que “é terrivelmente injusto”.

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, considerou este sábado, em Estremoz, que “uma política de omissão e de dissimulação das contas públicas” vai ter um preço que “é terrivelmente injusto”.

Paulo Portas reagia aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) que reviu em alta o défice de 2010 para 9,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), resultado do impacto de três contratos de Parcerias Públicas Privadas (PPP).

“É que os sacrifícios que foram pedidos aos cidadãos e às empresas no PEC 1, no PEC 2 e no PEC 3, afinal foram quase todos inúteis”, salientou Portas, acrescentando que “esses sacrifícios serviam para pôr o défice na casa dos 7 por cento, e afinal vai ficar acima dos 9 por cento, mesmo com uma receita extraordinária”.

Paulo Portas falava aos jornalistas durante uma visita à Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz (FIAPE), certame que decorre até segunda-feira.

O presidente do CDS-PP referiu que na origem de mais esta revisão do défice estão “as chamadas PPP”, a que Paulo Portas chamou “perigos públicos privados”.

O líder democrata-cristão considerou que estas parcerias significam que “o Estado quer fazer obra, não tem dinheiro para fazer a obra, vai pedir aos privados para porem dinheiro, e estes respondem, naturalmente, que só põem dinheiro se for rentável”.

“Como não é rentável, o Estado garante o risco, garante o financiamento e uma rentabilidade que não existe”, adiantou.

Para Paulo Portas, “esta política tem de parar, porque arruína a economia e as próximas gerações”, visto que “só no TGV são seis PPP a mais”.

“Razão tem o CDS-PP quando diz que os critérios do Eurostat e do INE para avaliação das contas públicas têm de ser públicos”, disse.

O líder do CDS-PP salientou que “o que não pode acontecer é de seis em seis meses mudarem os critérios e o país andar de surpresa em surpresa, fazendo sacrifícios que depois a mentira ou a omissão tornam inúteis”.

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