Conhecêmo-lo bem na sua paixão pelo cinema, conhecêmo-lo menos bem na sua outra paixão: os vinhos. E essa é a realidade que ele quer ver mudada.

Depois de reinar como realizador de "Apocalypse Now" ou da saga "O Padrinho", Francis Ford Coppola quer agora impor-se seriamente como produtor vinícola e até já contratou Philippe Bascaules – o conhecido especialista francês que será responsável pela colheita de 2011 das vinhas da família Coppola em seu nome em Rutherford, na conhecida região de Napa, na Califórnia.

É um segundo passo de aproximação aos exigentes enólogos internacionais, os mesmos que nunca perdoaram o realizador por, ao adquirir as suas propriedades em Napa, em 1975, ter acrescentado o seu apelido ao conhecido selo Niebaum, transformado-o em Niebaum-Coppola.

Primeiro passo de reconciliação, há quatro anos: fechar a pequena loja da propriedade, um íman de turistas de “enorme êxito comercial” de que Coppola prescindiu para ser levado mais a sério pelos que interessam no negócio dos vinhos. Não que precise realmente deles, em termos de vendas – o Niebaum-Coppola venderá sempre no Zoetrope, o restaurante da família em São Francisco, bem como noutros espaços em Alexander Valley, no Norte de Napa. Na versão com mais bouquet passará, contudo a ter outro nome: regressa à sua antiga denominação, Inglenook.