De acordo com uma nota hoje publicada pela agência de notação financeira,“o pedido de assistência financeira é positivo” para a notação de crédito, porque irá reduzir os potenciais custos de financiamento e irá “acrescentar disciplina ao processo de consolidação orçamental e de implementação de reformas estruturais”.

Anthony Thomas, responsável pela análise de Portugal e vice-director da Moody’s, explica ainda que a actual notação atribuída pela agência à dívida soberana de Portugal, Baa1 em revisão para possível corte, não é alterada para já, uma vez que a última decisão sobre o rating do país a agência já incorporava uma grande probabilidade de Portugal ter que recorrer a apoio financeiro externo.

No entanto, a Moody’s diz que o recurso ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) não é totalmente positivo para a avaliação do país, porque “levanta a questão de quando e em que termos é que Portugal conseguirá reentrar nos mercados de capitais”.

Em causa está também a possibilidade de Portugal precisar de financiamento durante um período de tempo prolongado, o que poderá levar a que os credores sejam chamados a suportar parte das perdas, como está previsto no futuro mecanismo pós-2013.