Taxas das obrigações a cinco anos com novo recorde acima de 9,7 por cento

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Sara Matos (arquivo)

As taxas implícitas da dívida pública a cinco anos bateram hoje um novo recorde nos mercados secundários desde que existe o euro, superando momentaneamente os 9,7 por cento, mas por volta das 9h00 recuavam ligeiramente nalguns prazos.

Os juros das obrigações a cinco anos registados nos mercados secundários pela agência Reuters (os que o PÚBLICO utiliza) estavam hoje a subir face aos 9,651 por cento do fecho de ontem, tendo atingido um pico de 9,710 ao início da manhã, mas descendo depois para 9,670 por volta das 9h00.

As oscilações são normais e neste caso não significam uma alteração da tendência de fundo de subida, que se registava esta manhã também para os títulos com prazos a seis meses, um ano e dois anos, cujos juros àquela hora estavam em respectivamente em 6,679, 8,286 e 8,845 por cento.

Nos prazos a três e dez anos registava-se um ligeiro recuo face ao fim do dia de ontem, para 9,545 e 8,623 por cento, respectivamente, mas mantendo-se em níveis muito elevados.

A inversão das curvas das taxas, em que as dos prazos mais curtos superam as dos mais longos (ao contrário do que é normal), alargou-se hoje às da obrigações a dois anos, que superaram as das obrigações a dez anos. Esta situação começou por se registar nas obrigações a cinco anos e tinha-se já alargado às obrigações a três anos.

A inversão foi uma situação vivida pela Grécia e pela Irlanda pouco antes de recorrerem à ajuda da União Europeia e do FMI.

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