PSD diz que responsabilidade do partido na descida do 'rating' é nenhuma

O vice-presidente do PSD, Marco António Costa, garantiu que o PSD não tem qualquer responsabilidade no corte do 'rating', dizendo que as acusações do ministro Vieira da Silva são “gratuitas” e “sem fundamento”.

O ministro da Economia, Vieira da Silva, explicou na segunda-feira, sem particularizar partidos, que a rejeição da actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) apresentada pelo Governo na Assembleia da República é responsável pela descida generalizada do ‘rating’ das empresas, bancos e da própria República portuguesa.

Em resposta, Marco António Costa disse no Porto que “isso é mais uma afirmação gratuita e sem fundamento” do ministro, lembrando que “há mais de dois anos que [as agências de 'rating'] vêm permanentemente dando avisos públicos a Portugal relativamente ao seu comportamento e tem havido várias revisões da classificação de Portugal”.

“Antes de ter sido chumbado o PEC, e já antes de ter acontecido esta suposta crise, já uma das agências tinha diminuído o 'rating' do país e já tinha anunciado há dois meses essa intenção”, recordou o líder da Comissão Política Distrital do PSD do Porto.

Para Marco António Costa, “o ministro Vieira da Silva anda distraído e não tem estado cá no último ano para assistir ao que se tem passado com as agências de 'rating' ou então tem memória curta que não se recorda que antes da crise ter ocorrido já uma agência tinha diminuído o 'rating'”.

“Nessa altura não ouvimos nenhum dos ministros a vir tão afoito e tão apressadamente atacar o PSD por ser responsável”, salientou.

O líder do PSD/Porto disse mesmo que “o PSD tem tanta responsabilidade neste abaixamento do 'rating' do Estado português como tem na última tempestade que se abateu sobre o Pacífico, é exactamente o mesmo paralelo de responsabilidade”.

Para o vice do PSD, estas “afirmações gratuitas” são uma forma de o PS “entreter a opinião pública”, uma vez que se encontra “à míngua de outras afirmações e de apresentarem provas dadas”.

Questionado sobre a possibilidade de aumento do IVA, Marco António Costa diz que tal “é um disparate que foi completamente distorcido”.

“O PSD teve sempre uma opção muito clara de atacar o controlo do défice público pelo lado da despesa. Quem quis aumentar impostos e o ia fazer de forma completamente cega e sem nenhum tipo de sensibilidade foi o PS em Novembro de 2010 quando se preparava para aumentar o IVA sobre os bens alimentares base para a taxa máxima”, lembrou.

Marco António Costa destacou que “é completamente artificial esta discussão que o PS está a lançar na sociedade portuguesa”, apelando aos socialistas a que tenham “serenidade, argumentos e tranquilidade”.

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