JM Polónia contestada por federação sindical europeia

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Grupo do Pingo doce não comenta Virgilio Rodrigues/ arquivo

Perseguição aos trabalhadores sindicalizados (não terão sido renovados contratos a 60 trabalhadores por estarem sindicalizados), recusa de transferir quotas do salário para os sindicatos que representam os trabalhadores, proibição de reuniões e encontros de trabalhadores de estruturas sindicais dentro das lojas da Biedronka, a cadeia de distribuição da portuguesa Jerónimo Martins (JM), na Polónia.

Não cabem numa mão os exemplos com que a UNI Europa (federação europeia de sindicatos, com sede em Bruxelas) denunciou ontem a actuação do grupo de Soares dos Santos, dando seguimento às denúncias do sindicato polaco Solidarnosc.

Num ofício endereçado ontem à Jerónimo Martins - com conhecimento dos governos português e polaco, da Comissão Europeia e das centrais sindicais -, a UNI Europe pede ao grupo português que recomece um diálogo com as estruturas sindicais e que permita que os sindicatos polacos possam fazer livremente o seu trabalho.

O PÚBLICO contactou a Jerónimo Martins, que "desmente categoricamente" qualquer discriminação. Já o responsavel da CGTP na área dos serviços, Manuel Guerreiro, adiantou que os problemas em Portugal com o grupo JM (marcas Pingo Doce e Recheio) são "muito diferentes" dos relatados pelas estruturas polacas. Há cerca de seis mil trabalhadores da JM sindicalizados no CESP/CGTP.

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