David Luiz fecha compras de última hora dos magnatas
Chelsea gastou 58 milhões em Torres e 25 no defesa do Benfica. Liverpool investiu 40 em Carroll.
O mercado de transferências de futebol estava calmo, como recomenda o actual cenário económico. Mas as compras de última hora de alguns magnatas, donos de clubes britânicos, transformaram este 31 de Janeiro num dia histórico nas compras e vendas de futebolistas. O Chelsea gastou 58 milhões de euros para contratar Fernando Torres (a mais cara transferência no mercado de Inverno, a mais alta desta temporada e a sexta maior de sempre) e o Liverpool usou parte desse dinheiro para adquirir o passe de Andy Carroll (40 milhões), agora o mais caro jogador britânico da história.
Portugal também esteve na rota dos recordes, com o Chelsea a contratar David Luiz ao Benfica por 25 milhões de euros, mais o passe do médio Nemanja Matic (está emprestado ao Vitesse). Esta é não só a venda mais alta do mercado português no Inverno, mas também uma das mais elevadas de sempre (ver outro texto).
O último dia de transferências surpreendeu não pela agitação (é habitual), mas sim pela dimensão das verbas, embora seja fácil perceber de onde veio o dinheiro: das mãos dos magnatas que detêm clubes ingleses.
Numa altura em que os grandes emblemas europeus controlam os gastos (basta dizer que o Real Madrid garantiu Adebayor por empréstimo), o Chelsea do russo Abramovich deixou o mercado de boca aberta, ao gastar 83 milhões num só dia. Apesar de ficar sem uma das suas principais figuras, o Liverpool, detido pelo americano John Henry, não ficou muito atrás: comprou o passe de Andy Carroll (22 anos) ao Newcastle, por 40 milhões de euros, pouco depois de ter fechado com o Ajax a compra de Luis Suárez (26,5 milhões).
"David Villa custou 39,5 milhões de euros. É titular da selecção espanhola e joga na Liga dos Campeões. O mercado britânico está louco", comentou no Twitter Rio Ferdinand, defesa do Manchester United que era até ontem precisamente o futebolista britânico mais caro de sempre (34,9 milhões de euros, ao câmbio actual). "Quanto valeriam Ronaldo, Messi ou eu hoje neste mercado louco? 100 milhões ou mais", desabafou.