Jerónimo Martins alarga presença do Recheio aos Açores

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Jerónimo Martins subiu vendas em 2010 Enric vives-rubio

A empresa do grupo liderado por Pedro Soares dos Santos vai entrar no arquipélago em regime de franchising, através de uma parceria com uma empresa local

A iniciativa de expansão da empresa de venda por grosso (cash & carry) da Jerónimo Martins (JM) permite a abertura do primeiro Recheio nos Açores, na ilha de São Miguel, através da reconversão de uma loja já existente. Detida pelo grupo Marques, tem cerca de 4000 metros quadrados de área de venda .

De acordo com os dados de vendas preliminares apresentados ontem pelo grupo, o Recheio subiu, em 2010, as vendas em 4,6 por cento para os 720 milhões de euros. Esta subida incorpora a abertura de três novas unidades, sendo que, sem essa contabilização, a subida das vendas foi de 3,2 por cento face a 2009 (ano em que as vendas foram de 689 milhões de euros).

Na prestação de contas divulgada ontem, a Jerónimo Martins refere que o crescimento das vendas do Recheio foi obtido em sectores que “apresentam taxas de crescimento negativas”, referindo-se ao retalho tradicional, como as mercearias, e aos cafés, restauração e hotelaria (conhecido como “canal Horeca”). O Recheio tem apostado mais na oferta para este segundo segmento.

Líder no mercado da distribuição grossista em Portugal (onde concorre com empresas como a Makro), o Recheio, segundo dados da JM, emprega mais de 1600 pessoas e detém 36 lojas, além de duas plataformas de serviços alimentares “dirigidas exclusivamente à indústria hoteleira”.

No que respeita às vendas de 2010, a JM subiu 18,7 por cento (equivalente a 1,4 mil milhões de euros) para os 8,7 mil milhões de euros, impulsionada pelo negócio da Polónia, a Biedronka, e pelo Pingo Doce. A Biedronka cresceu 29,1 por cento no ano passado, valendo agora 4,8 mil milhões de euros em vendas (55 por cento do total), enquanto o Pingo Doce subiu 9,9 por cento para os 2,7 mil milhões.

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