José Manuel Coelho: PND é “barriga de aluguer”contra o jardinismo

José Manuel Coelho diz estar a utilizar o PND como “barriga de aluguer para lutar contra o jardinismo”. O candidato à Presidência da República considera que o partido pelo qual foi eleito deputado à assembleia regional “não é de direita, na Madeira, e no continente fracassou porque não há espaço à direita do CDS”.

Na entrevista à RTP, iniciada com um pedido de explicações (não satisfeito) por ter sido excluído dos debates entre candidatos presidenciais, em violação do “dever de imparcialidade e isenção a que está obrigado o serviço público de televisão”, Coelho apresentou-se como “intérprete dos que não têm voz, do povo ostracizado, sem emprego e que vive na miséria”.

“Não sou um anarquista”, “sou um revolucionário que está em acção”, declarou. Confrontado com a incoerência de ser antigo militante do PCP agora eleito por um partido de direita, o candidato madeirense declarou-se “um comunista em evolução” que não ficou ”parado no tempo, nem cristalizado” como o partido cujo “projecto falhou”.

Rejeitou o epíteto de “Tirica da política portuguesa” e adiantou que não vai “apostar na sátira” na campanha a desenvolver no continente, a exemplo da estratégia usada na “guerra subversiva” desencadeada na Madeira. “Aqui será a guerra convencional, com debate de ideias”. Recusou também a ideia de que o presidente do governo madeirense - “um tiranete que não respeita qualquer regra democrática” e mantém-se no poder “porque a República quer” – seja o seu “ódio de estimação”: “Não tenho inimigos, não odeio ninguém, combato ideias”.

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