Prémio Pessoa para Maria do Carmo Fonseca

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Maria do Carmo Fonseca é directora do Instituto de Medicina Molecular Nuno Ferreira Santos

Maria do Carmo Fonseca foi a vencedora do Prémio Pessoa 2010, atribuído hoje numa cerimónia no Palácio de Seteais. A cientista foi distinguida pelo seu trabalho na identificação dos mecanismos de transmissão de mensagens no interior da célula.

Maria do Carmo Fonseca foi a vencedora do Prémio Pessoa 2010, atribuído hoje numa cerimónia no Palácio de Seteais. A cientista foi distinguida pelo seu trabalho na identificação dos mecanismos de transmissão de mensagens no interior da célula.

O Prémio Pessoa é “concedido anualmente à pessoa de nacionalidade portuguesa que durante esse período e na sequência de uma actividade anterior tiver sido protagonista de uma intervenção particularmente relevante e inovadora na vida artística, literária ou científica do país”, lê-se num comunicado onde é divulgado o nome da vencedora.

A mesma nota refere que a nomeação deste ano pretende reconhecer “a importância da ciência no desenvolvimento do país” e transmitir uma mensagem de “confiança no futuro da investigação básica em Portugal”. O galardão é composto por um diploma e por uma dotação de 60.000 euros.

A comunicação dentro das células

Maria do Carmo Fonseca é professora catedrática e actual directora do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina de Lisboa. De acordo com o júri desta edição, “a sua contribuição original, que inclui cinco publicações durante o ano de 2010 em revistas de grande prestígio internacional, consiste na identificação dos mecanismos de transmissão de mensagens no interior da célula e tem como objectivo final a melhor compreensão de doenças causadas por erros da natureza que afectam esse processo”.

Os responsáveis referem, ainda, que, “de um modo simples, pode descrever-se a sua investigação como o estudo do genoma em acção, pela visualização de fenómenos biológicos, por meio de técnicas muito sofisticadas de microscopia”. Em relação às suas qualidades profissionais, destaca-se “a cultura de rigor na prática científica que promove no Instituto de Medicina Molecular” e que “tem sido determinante na atracção de uma plêiade de jovens investigadores, muitos dos quais doutorados fora do país, que constituem a garantia de uma excelência que se tem afirmado cada vez mais nos últimos anos”.

O júri da 24.ª edição foi constituído por Francisco Pinto Balsemão (presidente), Fernando Faria de Oliveira (vice-presidente), António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, Eduardo Souto de Moura, João José Fraústo da Silva, João Lobo Antunes, José Luís Porfírio, Maria de Sousa, Mário Soares, Miguel Veiga, Rui Magalhães Baião e Rui Vieira Nery.

O Prémio Pessoa é uma iniciativa anual do jornal Expresso com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos, cuja designação se inspira no nome de Fernando Pessoa, e que se propõe reconhecer a actividade de pessoas portuguesas com papel significativo na vida cultural e científica do país.

Na última edição o prémio foi para D. Manuel Clemente, sendo que o primeiro galardão, em 1987, foi atribuído a José Mattoso. Desde essa altura já foram distinguidos António Ramos Rosa, Maria João Pires, Menez, Cláudio Torres, António e Hanna Damásio, Fernando Gil, Herberto Helder, Vasco Graça Moura, João Lobo Antunes, José Cardoso Pires, Eduardo Souto Moura, Manuel Alegre e José Manuel Rodrigues, Emanuel Nunes, João Bénard da Costa, Manuel Sobrinho Simões, José Joaquim Gomes Canotilho, Mário Cláudio, Luís Miguel Cintra, António Câmara, Irene Flunser Pimentel e João Luís Carrilho da Graça.

Notícia actualizada às 12h40
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