Eric Cantona levantou dinheiro mas voltou a depositá-lo

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Cantona levantou 750 mil euros e voltou a depositá-los num banco diferente Foto: REUTERS/Christian Hartmann

Nem o ex-futebolista francês Eric Cantona levou muito a sério a proposta de revolução contra os bancos que ele próprio propôs, e que o movimento StopBanque marcou para hoje. O movimento não conseguiu ter qualquer impacto no sistema financeiro francês, nem de qualquer outro país europeu.

Hoje, a polémica estrela do futebol levantou mais de 1500 euros numa dependência do BNP, em Albert, no Norte de França, confirmou o responsável da agência, citado pelo sitio da Internet do Le Monde.

O antigo jogador avisou na semana passada que pretendia fazer o levantamento, cumprindo a exigência de aviso para levantamentos superiores a 1500 euros, tendo obtido a garantia que o seu pedido seria satisfeito, bem como o de qualquer outro cliente que se dirigisse à agência.

Mais simbólico ainda foi o levantamento que a antiga estrela do Manchester United fez nos últimos três dias. Cantona levantou, em dinheiro, mais 750 mil euros, do banco Leonardo, para os depositar, em seu nome, no Crédit Agrícola, segundo o sítio de informações financeiras Wansquare, citado pelo Le Monde.

O levantamento com pré-aviso e o levantamento para outro contra bancária contrariam o conceito de revolução que o próprio Cantona propôs numa entrevista a um jornal regional francês, no final de Outubro, que consistia numa corrida em massa aos bancos, de forma a fazer o tremer sistema financeiro.

O movimento StopBanque, que nasceu pouco depois das declarações de ex-jogador, e que marcou o dia da revolução para hoje, também não registou a adesão que se chegou a temer, especialmente em França. Segundo constataram os jornalistas da AFP, as agências bancárias de Paris, Lille, e Marselha, esta última a terra natal de Cantona, não registaram afluências anormais de clientes a fazer levantamentos.

Muitos consumidores têm revelado simpatia pela ideia de apresentar um cartão vermelho aos bancos, ou ao sistema financeiro em geral, pelas responsabilidades na crise financeira iniciada há dois anos, mas isso não chega para os mobilizar a levantar o dinheiro e terminar a forte relação que têm com os bancos.

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