PSI 20 contraria Europa e fecha a cair 0,37 por cento

O PSI 20 fechou a sessão de hoje a cair 0,37 por cento para 7.628,18 pontos, em contra ciclo com a tendência das principais praças europeias, penalizado pelo sector financeiro e pela Galp.

Dos 20 títulos que compõem o principal índice da bolsa portuguesa, 15 encerraram a descer e cinco a subir, numa sessão em que trocaram de mãos 46,9 milhões de acções, no valor de 128,8 milhões de euros.

A Mota-Engil e o BES lideraram as quedas, tendo recuado 2,64 por cento para 1,87 euros e 2,56 por cento para 3,00 euros, respectivamente.

Na sessão de hoje, a banca foi um dos sectores que mais pressionou o PSI 20. O BPI cedeu 0,95 por cento para 1,44 euros e o BCP deslizou 0,80 por cento para 0,61 euros.

Nota também para a Galp, que registou a terceira maior descida na sessão de hoje, tendo recuado 1,90 por cento para 13,11 euros.

No restante sector da energia, a EDP perdeu 0,63 por cento para 2,49 euros, a REN recuou 0,36 por cento para 2,49 euros, enquanto a EDP Renováveis contrariou o sentimento negativo e avançou 1,19 por cento para 3,97 euros.

O peso pesado PT cedeu 0,14 por cento para 10,04 euros.

O ministro da Presidência afirmou hoje que “ainda está em curso” o processo de transferência do fundo de pensões da PT para a Caixa Geral de Aposentações, negando que haja falta de acordo entre Governo e administração da empresa.

Pela positiva, destaque para a Jerónimo Martins, que cresceu 2,71 por cento para 11,90 euros, e para a EDP Renováveis, que ganhou 1,19 por cento para 3,97 euros.

Na Europa, as principais praças europeias fecharam em terreno positivo, à exceção de Lisboa e Madrid (-0,21 por cento).

Os ganhos oscilaram entre os 0,85 por cento de Londres e os 0,34 por cento de Paris.

O índice Stoxx 50 subiu 0,56 por cento para os 2.540,37 pontos, enquanto que o Euronext 100 avançou 0,37 por cento para 683,11 pontos.

“Um dia depois da Irlanda ter apresentado os detalhes do plano de austeridade para os próximos 4 anos (na sequência do recurso aos países europeus e ao FMI), o mercado de dívida permaneceu no centro das atenções, já que se mantêm os receios de um eventual contágio a outros países, como Portugal e Espanha”, refere os analistas do BPI.

Apesar do governo irlandês ter anunciado, na quarta-feira, novas medidas de austeridade para receber um auxílio da UE e do FMI, que se prevê que atinja os 85 mil milhões de euros, os juros da dívida pública irlandesa atingiram hoje os 9,01 por cento, o valor mais alto desde a entrada do país no euro.

Hoje, o membro do Banco Central Europeu (BCE) Axel Weber afirmou que o valor do fundo de resgate europeu pode ser aumentado se isso for necessário para restaurar a confiança no euro.

De acordo com Axel Weber, “750 mil milhões de euros deverão ser suficientes para tranquilizar os mercados”, mas se não for esse o caso, então “o fundo terá de ser aumentado”, pelo que “os governos farão o que for necessário para preservar o euro”.

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