Ministério Público confirma buscas no BPP relativas à administração do banco

O Ministério Público confirmou hoje a realização de "um conjunto de diligências de busca" na quinta-feira no âmbito da investigação "relativa à administração do BPP".

O Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa informa, em comunicado, que "se procedeu, ontem, no âmbito da referida investigação, a um conjunto de diligências de busca que contaram com a participação de magistrado judicial, magistrados do Ministério Público, inspectores da UNCC da Polícia Judiciária e inspectores tributários da Direcção de Serviços de Investigação da Fraude e de Acções Especiais".

A investigação em causa está a cargo do DIAP de Lisboa e da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária, precisa a "informação" enviada por aquele órgão do Ministério Público.

"Os inquéritos que integram a referida investigação encontram-se sujeitos a segredo de Justiça", indica também o DIAP, referindo que, por isso, esta é a "informação possível" neste momento sobre este processo.

Uma fonte ligada a este processo disse na quinta-feira à agência Lusa que nesse dia várias buscas relacionadas com o caso do Banco Privado Português (BPP) foram efectuadas pela Polícia Judiciária (PJ), incluindo buscas ao domicílio de alguns dos suspeitos de crime económico.

A mesma fonte negou, contudo, que tivesse sido realizada qualquer busca à sede do BPP, em Lisboa.

A falta de liquidez da instituição motivou a intervenção do Banco de Portugal, no final de 2008, tendo o supervisor bancário nomeado uma equipa de gestores liderada por Fernando Adão da Fonseca, que encerrou o seu ciclo na administração do BPP em meados de Abril, quando a entidade agora liderada por Carlos Costa retirou a licença bancária da instituição.

Foi então nomeada pelo Banco de Portugal a comissão liquidatária do BPP, presidida por Luís Máximo dos Santos, que se encontra em funções.

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