Hotel de Gaia oferece valor das portagens na A3 aos visitantes espanhóis

Um hotel de Gaia anunciou hoje que oferece o valor das portagens na A3, entre Valença e Porto, para que os turistas espanhóis “não desistam de visitar a região”.

"Para contornar a queda de reservas proveniente do mercado galego, resultante do pagamento de taxas de circulação nas SCUT, o Hotel Meliá Gaia Porto lança esta semana uma campanha para os mercados da Região Autónoma da Galiza oferecendo um desconto no quarto equivalente ao valor cobrado nas portagens da A3”, refere a unidade, em comunicado.

A recente introdução de portagens nas vias sem custos para o utilizador (SCUT) “ditou uma quebra preocupante nas reservas do hotel”.

“O feriado de 1 de Novembro foi o exemplo mais significativo, com uma quebra de cerca de 30 por cento na lotação usual desta unidade hoteleira por esta altura”, revela Mónica Gonçalves, directora-geral do Hotel Meliá Gaia Porto.

Com as épocas festivas à porta, e dois feriados em Dezembro, os receios da direcção do hotel agravaram-se, pelo que a solução encontrada foi iniciar uma campanha para trazer os turistas galegos de volta.

“Em Dezembro, 80 por cento da lotação do hotel é do mercado espanhol”, frisa Mónica Gonçalves, recordando que os galegos aproveitam os feriados para passear no Porto e fazer compras de Natal.

Com esta campanha, o hotel incentiva os visitantes espanhóis a utilizarem a A3, em detrimento da A28, que é mais barata, para que não tenham de alugar ou comprar o dispositivo eletrónico obrigatório para circular nas antigas SCUT.

Circular em automóvel ligeiro da Galiza para o Porto pela A3 (operada pela Brisa) custa 7,85 euros (15,70 euros, ida e volta) e pela A28 (operada pela Via Livre/Norte Litoral) custa 4,05 euros (8,10, ida e volta).

No entanto, como a A28 é uma antiga SCUT, os veículos de matrícula estrangeira têm de ter o dispositivo electrónico, que custa 27 euros, carregado previamente com 50 euros, valor este que não é devolvido caso não seja gasto no prazo de três meses.

O dispositivo para estrangeiros só pode ser comprado ou alugado nalguns locais, nomeadamente em estações do CTT e em duas áreas de serviço, o que tem motivado inúmeros protestos de habituais visitantes galegos, muitos dos quais deixaram de se deslocar a Portugal.

“Apesar do descontentamento pelo facto de ter de despender o valor das taxas, a complexidade do pagamento é aquilo que mais tem desagradado aos clientes”, sublinha o hotel.

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