Paulo Portas promete não largar o Governo com as questões que afectam classe média e "os mais pobres"

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, garantiu, na sexta-feira à noite, que não vai largar o Governo com as questões que dizem respeito à classe média e aos que “são mais pobres”.

Paulo Portas, que jantou na sexta-feira à noite com militantes do partido em Viseu, sublinhou aos jornalistas que é essencial que os sacrifícios pedidos às pessoas contenham justiça na sua distribuição.

“Como é que querem poupar 250 milhões de euros no abono de família daqueles que trabalham e continuar a pôr 500 milhões de euros no rendimento mínimo de tantos que pura e simplesmente não querem trabalhar?”, questionou.

A segunda pergunta do líder do CDS/PP está relacionada com as pequenas pensões de 200 e 245 euros que ficam congeladas, “enquanto que gestores públicos têm o descaramento de aumentar o seu salário para 6 ou 7 mil euros em plena época de austeridade”.

Paulo Portas disse ainda não entender como é que ainda pensam em levar por diante o projecto do TGV, numa altura em que o país se encontra tão endividado.

Por último, afirmou ainda que gostaria que o primeiro-ministro esclarecesse como é que o Governo vai reduzir a sua despesa.

“O Governo disse que os impostos vão aumentar, mas ainda não ouvimos dizer quantas empresas públicas vão ter de reduzir, quantas empresas municipais deixam de ser necessárias ou quantos institutos públicos podem ser reestruturados”, alegou.

Na opinião do líder do CDS/PP, “sobre os impostos é sempre a carregar”, no entanto, o Estado e as suas empresas “continuam à vontade e isso não é aceitável”.

Por isso, promete continuar a insistir nestas quatro questões, na esperança de obter alguma resposta. “O primeiro-ministro, em geral, não responde ao que se lhe pergunta. Mas tenho esperança que ele amanhã possa responder às perguntas que aqui fiz em Viseu”, concluiu.

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