Antigos altos quadros do BCP condenados a coimas acima de quatro milhões

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Jardim Gonçalves e os outros condenados ficaram também inibidos de actividade bancária Nuno Ferreira Santos/ arquivo

A CMVM aplicou coimas a nove ex-administradores do BCP, num valor total de 4,325 milhões de euros, por prestação de informação falsa ao mercado e inibiu da actividade bancária oito deles pelo máximo de cinco anos.

A informação foi prestada ontem à agência Lusa por uma fonte próxima do processo que foi colocado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A mesma fonte próxima do processo disse à Lusa que “as acusações remontam a um período entre 2002 e 2007”, sendo que “as acusações de manipulação de cotações e de dolo [por causa do recebimento de prémios indevidos e da manipulação de mercado] não foram provadas”.

Jardim Gonçalves, antigo presidente, recebeu uma multa de um milhão de euros, a mais elevada, seguido por António Rodrigues (900 mil euros), ex-administrador financeiro, e por Filipe Pinhal, que foi administrador (e presidente durante um curto período), cuja coima ascendeu a 800 mil euros.

Inibição de actividade

Os três antigos altos quadros do BCP ficaram com cinco anos de inibição de exercer actividade bancária.

Seguiram-se-lhes os antigos administradores Christopher de Beck (650 mil euros e quatro anos de inibição), António Castro Henriques (250 mil euros e dois anos de inibição), Alípio Dias (200 mil euros e um ano de inibição) e Paulo Teixeira Pinto – antigo presidente – (200 mil euros e um ano de inibição).

Já Filipe Abecassis recebeu uma coima de 250 mil euros e três anos de inibição, ao passo que Luís Gomes foi multado em 75 mil euros, mas não foi punido com a inibição para exercer a actividade bancária.

A CMVM (a exemplo do Banco de Portugal) acusou, além do próprio BCP, os três antigos presidentes do banco – Jardim Gonçalves, Paulo Teixeira Pinto e Filipe Pinhal – os ex-administradores António Rodrigues, Alípio Dias, António Castro Henriques e Christopher de Beck e dois altos quadros do BCP, Luís Gomes e Filipe Abecassis.

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