A Expo 98 gerou 4435 milhões de euros (889 milhões de contos) para os cofres do Estado, afirma um estudo da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, encomendado pela Parque Expo, a que a Lusa teve acesso.

A receita pública resulta da "injecção de despesa na economia nacional realizada pelo promotor do projecto global, pelos promotores de construção privada e turistas", no valor de 2432 milhões de euros (487,6 milhões de contos), e de efeitos permanentes no total de 2003 milhões de euros (401,6 milhões de contos).

Os efeitos permanentes do projecto são mais significativos a nível da valorização imobiliária induzida pelo projecto nos terrenos da sua zona de intervenção e numa extensa orla em redor, gerando benefícios ao longo de um horizonte temporal infinito, estimados em valor actualizado em 2001.

A estimativa da Universidade Nova "não inclui sequer todos os impactos como a valorização de terrenos públicos na orla da zona de intervenção ou as receitas em sisa em futuras transacções de imobiliário na orla da costa". O documento refere que o evento e o projecto de requalificação urbana que lhe foi associado dotaram a zona oriental da capital de "importantes equipamentos que são um foco de atracção, desenvolveram acessibilidades", resolveram problemas ambientais e de planeamento urbano e criaram impactos positivos na zona circundante".