Namoradas e mulheres no Mundial fazem bem ou desconcentram?

A presença das caras-metade junto dos jogadores durante o Campeonato do Mundo continua a ser uma questão que origina polémica

Será o sexo uma distracção ou uma forma de aliviar a tensão dos jogadores durante o Campeonato do Mundo? A controvérsia ressurgiu esta semana, após os jornais britânicos terem responsabilizado Sara Carbonero, namorada do guarda-redes espanhol Iker Casillas, pela derrota do seu país diante da Suíça.

Carbonero, jornalista espanhola da estação de televisão Telecinco, assistiu ao Espanha-Suíça atrás da baliza do seu namorado, razão apontada por alguns jornais ingleses para a derrota dos campeões europeus. Uma teoria contestada por muitos: "Atribuir responsabilidades pelo golo da Espanha a Sara Carbonero é tão infantil como dizer que Robert Green [guarda-redes inglês que deu um "frango" no Inglaterra-EUA] não defendeu aquele remate porque a sua namorada o tinha deixado", escreveu, por exemplo, Marivi Fernandez Palácios no site do El Mundo.

A prática de sexo durante uma grande competição internacional de futebol tem originado tomadas de posição muito diferentes. Se para Maradona e Dunga, seleccionadores, respectivamente, da Argentina e Brasil, não háproblema, para Fábio Capello, seleccionador da Inglaterra, as coisas são bem diferentes.

"Estamos na África do Sul para jogar, e não para passar férias", afirmou Fábio Capello, seleccionador da Inglaterra, quando questionado sobre se veria com bons olhos a prática de sexo por parte dos jogadores.

O italiano está a limitar o contacto entre os jogadores e as respectivas esposas e namoradas. Capello só permitirá que os futebolistas ingleses vejam as suas famílias depois dos jogos, unicamente uma vez por semana.

Já nas comitivas deArgentina, Brasil e África do Sul os jogadores podem receber visitas íntimas. "Nós não estamos na prisão ou em nenhum acampamento militar", disse Carlos Alberto Parreira, seleccionador dos sul-africanos, enquanto no local de estágio da Argentina "o sexo não é um problema". "Só se torna um problema se o fizerem às duas da manhã com uma garrafa de champanhe", disse o médico Donato Villani antes da partida da equipa de Maradona para a África do Sul. Já no Brasil, Dunga diz que o espírito é viver e deixar viver. "Quando estão sozinhos, eles podem fazer o que gostam", disse.

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