Conversor ortográfico Lince ainda não é o oficial

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A ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas PÚBLICO

Um "instrumento gratuito, eficaz e rápido" foi como a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, apresentou ontem publicamente o Lince, um conversor gratuito para a nova ortografia prevista pelo Acordo Ortográfico. No entanto, explicou a ministra aos jornalistas no final da apresentação no Palácio da Ajuda, em Lisboa, "esta não é, para já, a versão oficial".

Há outros conversores no mercado e cada um está ligado a um Vocabulário Ortográfico diferente, o que pode criar dúvidas aos utilizadores. É por isso que, "muito em breve", o Conselho de Ministros decidirá qual deles passa a ser o normativo. Essa decisão é fundamental, disse a ministra, para se poder avançar para a aplicação do Acordo nos documentos do Estado e no sistema de ensino. Depois de a tomar, o Conselho de Ministros deverá decidir "o faseamento da aplicação" do Acordo pelos organismos públicos, afirmou Canavilhas, sem querer adiantar datas.

O Lince, que está já disponível no Portal da Língua Portuguesa (www.portaldalinguaportuguesa.org), de onde pode ser descarregado gratuitamente, é o único conversor que foi encomendado e pago pelo Governo. Desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), uma associação privada sem fins lucrativos ligada à Fundação para a Ciência e a Tecnologia, à Universidade de Lisboa e à Universidade Nova de Lisboa, o Lince é financiado pelo Fundo da Língua Portuguesa, gerido pelo Instituto de Apoio ao Desenvolvimento do Ministério dos Negócios Estrangeiros e pela Direcção-Geral do Tesouro e das Finanças.

Antes da apresentação do Lince, uma manifestação convocada, pela Internet, para a frente do Palácio da Ajuda, contra o novo Acordo Ortográfico, contou apenas com três aderentes, segundo noticiou a agência Lusa.

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