João Aguiar "fica irremediavelmente ligado a Macau"

O escritor João Aguiar, que morreu hoje em Lisboa, tem um percurso literário que fica irremediavelmente ligado a Macau, considerou Rogério Beltrão Coelho, da editora Livros do Oriente, que lançou duas obras do autor.

“O João tem um percurso que fica irremediavelmente ligado a Macau porque estamos a falar de livros que, além de inúmeras edições, foram traduzidos para várias línguas”, sublinhou, em declarações à Lusa, recordando “Os Comedores de Pérolas”, “O Dragão de Fumo” e “A Catedral Verde”.

Além de uma edição local de “O Dragão de Fumo”, a Livros do Oriente editou outro livro de João Aguiar sobre Macau: “O Tigre Sentado”, que nasceu em fascículos semanais nas páginas do Jornal Ponto Final ao longo de 2004, quando se assinalaram os cinco anos da transferência de poderes de Portugal para a China.

Beltrão Coelho, amigo de João Aguiar e um dos “responsáveis” pela primeira visita do autor a Macau no final dos anos de 1980, recorda que “O Tigre Sentado” foi depois editado em Fevereiro de 2005, uma ocasião para João Aguiar regressar ao território, que visitou diversas vezes.

João Casimiro Namorado de Aguiar nasceu em 28 de Outubro de 1943 e viveu a infância entre Lisboa, cidade natal, e a Beira, em Moçambique. Morreu hoje em Lisboa, aos 66 anos, vítima de cancro.

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