Jardim do Príncipe Real reabre sábado dois meses após o previsto

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As obras foram contestadas por mais de 2500 pessoas numa petição que circulou na Internet Miguel Manso

O Jardim do Príncipe Real, em Lisboa, em obras desde Novembro do ano passado, reabre este sábado ao público, dois meses depois do previsto e no corolário de trabalhos que foram alvo da contestação de população e comerciantes.

As obras, que deveriam durar quatro meses, mereceram contestação do grupo de amigos do Jardim do Príncipe Real, que lançaram uma petição na Internet, subscrita por mais de 2500 pessoas a apelar a que a Câmara Municipal de Lisboa suspendesse o projecto de requalificação do jardim, nomeadamente no que referia ao abate de árvores.

Para Jorge Teixeira Pinto, um dos dinamizadores da iniciativa, o outrora jardim de “carácter romântico” transformou-se, com as obras, num “jardim descaracterizado”, que “perdeu qualidades” a nível histórico. Todo o processo, defende, foi gerido de forma “muito negativa”, com uma “grande penalização” para os frequentadores do jardim, por culpa dos atrasos nas obras do espaço e de uma deficiente reabilitação ambiental.

“O vereador Sá Fernandes disse que o jardim estava podre. Se ele estava podre, continua podre”, diz Jorge Teixeira Pinto. Os relvados que existiam antes das obras, defende, “estavam melhores dos que os de agora” e “já há árvores novas a morrer”, diz, citando um especialista consultado pelo grupo de apoio.

Em Novembro, em reunião do executivo municipal, o vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes, afirmou que o projecto foi antecedido de uma análise do coberto vegetal, que recomendou a substituição de árvores em que foram detectadas “deficiências e podridões”. Estas árvores apresentavam um “estado fitossanitário muito grave”, com “risco de queda”, acrescentou então, negando que as espécies fossem classificadas.

A reabertura do Jardim do Príncipe Real decorre amanhã pelas 10h00, e na ocasião estarão presentes o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, e o vereador Sá Fernandes.

Na ocasião será também aberto o aqueduto do Loreto, no troço de 410 metros que estabelece a ligação entre o jardim e o miradouro de São Pedro de Alcântara.

A requalificação do Jardim do Príncipe Real teve um custo estimado de cerca de 380 mil euros.

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