Com os actuais meios a DGA consegue “garantir o mínimo”

Jorge Barreto Xavier, director da Direcção-Geral das Artes (DGA), braço operativo do Ministério da Cultura para áreas como o teatro, a dança e a música, admitiu hoje que, com os actuais meios, a DGA consegue apenas “garantir o mínimo, ou seja, que as organizações sejam apoiadas”, sem condições para outro tipo de acompanhamento das iniciativas.

Barreto Xavier foi um dos oradores do encontro da REDE (Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea) a decorrer até amanhã no Teatro São Luíz, em Lisboa, por ocasião do Dia Mundial da Dança.

Centrado nas questões da sustentabilidade económica e políticas de financiamento às artes performativas, o encontro teve como oradores, entre outros, os coreógrafos Rui Horta e Aldara Bizarro, o presidente do conselho de administração da EGEAC (Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural) da Câmara Municipal de Lisboa Betsy Gregory, da Dance Umbrella e Mark Deputerr, director artístico do Teatro Maria Matos.

Barreto Xavier explicou, por exemplo, como desde a fusão, em 2003, entre o Instituto Português das Artes do Espectáculo (IPAE) e o Instituto de Arte Contemporânea (IAC), se foram perdendo meios humanos. Segundo este responsável, em 2003 havia 120 pessoas a trabalhar entre o IPAE e o IAC. Hoje, a DGA – que foi, entretanto, também Instituto das Artes (IA) – tem 40 funcionários, 11 dos serviços administrativos e apenas 10 actualmente disponíveis para actividades como análise de projectos. “Apenas podem garantir os serviços mínimos”.

“Há uma distância significativa entre o que se quer fazer e a realidade prática”, disse Barreto Xavier. E reconheceu: “O resultado da presença [da DGA] no meio é mediano.”

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