Sócrates diz que rapidez na aprovação das listas de deputados foi sinal de renovação e unidade

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Sócrates disse que na reunião da Comissão Política Nacional "houve polémicas como há sempre" Daniel Rocha (arquivo)

O secretário-geral do PS, José Sócrates, afirmou hoje que o seu partido aprovou em tempo "recorde" as listas de deputados, o que representou sinal de "renovação" e de "unidade" para as próximas eleições legislativas. As declarações de José Sócrates foram proferidas à entrada da reunião da Comissão Nacional do PS, que aprovará as bases programáticas dos socialistas para as eleições legislativas.

José Sócrates começou por se referir à reunião da Comissão Política Nacional do PS, que decorreu entre noite de sexta-feira e a madrugada de hoje, que aprovou as listas de candidatos a deputados. Quase todas as listas foram aprovadas sem votos contra, excepção ao círculo de Aveiro, que registou oito votos contra e 12 abstenções.

"Começamos a discutir às 22:30 [de sexta-feira] e à meia-noite tínhamos as listas totalmente aprovadas", salientou o líder dos socialistas. Interrogado sobre o caso de Aveiro, em que o secretário-geral adjunto da JS não foi integrado na lista de candidatos por esse distrito, Sócrates disse que na reunião da Comissão Política Nacional "houve polémicas como há sempre". "A questão da lista de Aveiro refere-se a uma disputa entre a JS desse distrito e a federação no que diz respeito a um lugar elegível. Foram apenas pequenas diferenças que nos ocuparam", respondeu.

De acordo com o secretário-geral socialista, na Comissão Política Nacional do seu partido registou-se "um recorde absoluto, porque nunca houve no PS uma noite em que se aprovassem as listas tão rapidamente". "O mais importante é que o PS, ao aprovar as suas listas, deu um sinal de unidade, quer ao nível dos cabeças de lista, quer ao nível dos membros que as vão integrar. Mas o PS deu também um sinal de grande renovação, porque jovens quadros do partido estão nas listas de deputados", sustentou.

Nas declarações que fez aos jornalistas, José Sócrates recusou em absoluto que o PS tenha convidado elementos actualmente do Bloco de Esquerda para as suas listas de deputados. "O PS não convida pessoas do Bloco de Esquerda nem de outros partidos. Miguel Vale de Almeida [antropólogo, que entra em sétimo lugar na lista de Lisboa do PS] não é do Bloco de Esquerda. Foi do Bloco de Esquerda", reagiu. "Miguel Vale de Almeida é uma personalidade com um vasto currículo de intervenção política e cívica e temos o maior gosto que ele esteja nas listas do PS, porque isso enriquece a candidatura do partido", sustentou.

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