Costa falhou acordo de última hora com PCP e Bloco para a CM de Lisboa

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PCP e Bloco, já com candidatos anunciados, recusaram proposta de Costa Nuno Ferreira Santos (arquivo)

António Costa assinou ontem um acordo com o vereador José Sá Fernandes, eleito pelo Bloco de Esquerda (BE), e apresenta amanhã a sua candidatura à Câmara de Lisboa. Mas o autarca lisboeta ainda fez uma tentativa de última hora para conseguir um acordo do PS com PCP e BE para o município da capital.

O PÚBLICO apurou que um dos derradeiros esforços foram feitos com o BE, já depois das eleições europeias, em que o PSD venceu e os socialistas saíram derrotados. Com o PCP, os contactos são mais antigos.

Em ambos os casos, tudo acabou em nada, a exemplo do que já tinha acontecido antes. Até porque tanto os comunistas, com Ruben de Carvalho, como os bloquistas, com Luís Fazenda, já tinham lançado os seus candidatos à maior câmara do país.

Hoje, depois da assinatura do acordo que permitirá a Sá Fernandes um lugar elegível nas listas do PS, António Costa deixou em aberto a hipótese de novos entendimentos para “o alargamento da base de apoio” da sua candidatura, mas não disse com quem. No limite, “com os lisboetas”.

Contente com os apoios recebidos nos últimos dias — entre eles o do escritor comunista e Nobel da Literatura José Saramago —, Costa anunciou também que o seu mandatário financeiro será António Pina Pereira, que tivera a mesma função na candidatura presidencial de Manuel Alegre.

Já José Sá Fernandes, com uma agenda verde, garantiu que continuará a “virar a página” da política ambiental sem pensar muito na transferência dos votos do partido que o elegeu, o BE, para o PS. “Ninguém é dono dos votos de ninguém”, afirmou, parafraseando Alegre.

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