Sócrates diz que governos PSD/CDS foram o terror da educação e o horror das famílias

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Sócrates discursou antes do candidato às europeias, Vital Moreira Daniel Rocha

O secretário-geral do PS, José Sócrates, considerou hoje que os governos de coligação PSD/CDS-PP foram responsáveis por terem lançado um clima de "terror na educação", atrasando a colocação de professores e a abertura dos anos lectivos.

José Sócrates falava no comício do PS de Castelo Branco, em resposta a críticas feitas pelo cabeça de lista social-democrata ao Parlamento Europeu, Paulo Rangel, que acusou o actual Governo de ter lançado o terror na educação.

"Depois das reformas que este Governo fez na educação, e sem um pingo de vergonha, a direita vem dizer que estas reformas representam o terror na educação", apontou.

A seguir, Sócrates devolveu a acusação: "eu sei bem o que é o terror na educação, recordo-me dele. Terror na educação deu-se quando houve um Governo há quatro anos atrás que não foi capaz de colocar os professores a tempo e horas e não foi sequer capaz de iniciar o ano lectivo".

Para o secretário-geral do PS, a principal consequência da política educativa dos anteriores governos PSD/CDS "foi o terror das famílias e, mais do que isso, o horror das famílias portuguesas perante um Governo incompetente".

Sócrates acusou ainda os partidos da direita [PSD e CDS] de terem como programa a privatização da educação e da saúde em Portugal e de nada terem aprendido com a crise.

"Durante quatro anos a direita portuguesa procurou convencer os portugueses que não era preciso apresentar propostas ou ideias, porque isso far-se-ia durante a campanha eleitoral. Mas chegamos agora à campanha eleitoral e não vejo nenhuma proposta ou ideia, porque eles acham que dizer mal pode ser um programa político", começou por apontar o líder socialista.

"Já nestas eleições tivemos um arremedo disso", já que "a direita diz que o seu programa para a educação e saúde consiste na proposta de um sistema misto. Sei bem o que eles querem dizer: sistema misto significa entregar ao mercado e fazer o Estado recuar", apontou o secretário-geral do PS.

Neste contexto, Sócrates afirmou que na presente conjuntura de crise económica "mundial, que resulta justamente do facto de o Estado ter recuado e não ter feito a intervenção que devia, é preciso dizer à direita que não aprendeu nada com a crise que estamos a viver". José Sócrates discursou antes da intervenção de encerramento do comício, que foi feita pela cabeça de lista do PS, ao Parlamento Europeu, Vital Moreira.

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