A longa-metragem portuguesa de cinema de animação, “Até ao Tecto do Mundo”, produzida integralmente em Portugal no estúdio de animação do Cineclube de Avanca e desenvolvida com o apoio da Universidade de Aveiro, foi galardoada com dois prémios nos Estados Unidos.

O prémio “Professional Animation Golden Lion Award”, no âmbito do 12º George Lindsey UNA Film Festival - um festival que integra o Top 20 dos maiores eventos do sudeste norte-americano, organizado pela Universidade do Alabama - foi recebido a 8 de Março, e o “Aloha Accolade Award”, no “Honolulu International Film Festival” do Havai, a 9 de Março.

O filme, da autoria de António Costa Valente, Vítor Lopes e Carlos Silva, apresenta tecnologias inovadoras de produção e foi objecto de investigação no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro.

“Até ao Tecto do Mundo” foi ainda distinguido em Vancouver (Canadá) e foi já exibido em festivais de quatro continentes, estando prevista a sua próxima estreia em África, na Guiné-Bissau. Ainda não está definida a data para a exibição em Portugal. Quando questionado sobre o facto de o filme, apesar de ser português, está a ser estreado primeiro no exterior, António Costa Valente, docente do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, refere que “a divulgação do filme no exterior foi a estratégia escolhida pelos realizadores”.

Ainda em Março, o filme participa, como finalista, na competição do “South Beach Animation Festival”, a decorrer na Florida, entre os dias 26 e 29, e a versão em língua turca do filme será exibida no Chipre, integrando a “Children’s Film Week”.

Com música do Maestro António Vitorino d’Almeida e vozes de Isabel Queirós Ângela Marques, Fernando Mendonça, Jorge Vasquez, Lucinda Afonso, Nuno Simões, Patrícia Franco, Pedro Mendonça, Rui Lopes, Rui Oliveira e Rute Pimenta, “Até ao Tecto do Mundo” é um filme para crianças, produzido com o apoio financeiro do ICA/Ministério da Cultura, da RTP e com participações diversas, nomeadamente do Instituto da Juventude.

Em 2008, a longa-metragem foi um dos filmes portugueses mais premiados em festivais no estrangeiro. A estes dois galardões juntam-se dois outros conquistados também em solo norte-americano, em festivais na Carolina do Norte e na Califórnia.