My Space identifica 90 mil criminosos sexuais

O site MySpace removeu 90 mil utilizadores identificados como criminosos sexuais da sua rede social e entregou hoje os dados recolhidos a dois procuradores-gerais dos Estados Unidos.

O procurador-geral de Connecticut, Richard Blumenthal, e o seu homólogo da Carolina do Norte, Roy Cooper, têm feito várias diligências para tornar os sites de redes sociais mais seguros para as crianças. Os delegados apelaram ao MySpace e ao Facebook – que reúnem cerca de 280 milhões de utilizadores – para tomarem medidas no sentido de proteger as crianças e os adolescentes que utilizam as redes.

O número de criminosos encontrados no MySpace representa um aumento significativo (quase para o dobro) do que o previsto numa estimativa realizada no ano passado pelos administradores daquela rede social.

“Estes sites são feitos para os jovens comunicarem e os predadores sexuais vão explorar as áreas onde podem encontrar crianças. É por isso que os sites de redes têm a responsabilidade de os tornar seguros para as crianças”, disse Roy Cooper à AFP. O procurador não ficou surpreendido com o número de criminosos encontrados e considera que é “uma prova irrefutável que os sites de redes sociais continuam repletos de predadores sexuais”.

O MySpace e o seu rival Facebook comprometeram-se, desde o ano passado, a aumentar a segurança das suas redes devido ao crescente número de utilizadores mais jovens. Entre outras medidas, asseguraram que iam fazer uma verificação mais rigorosa da idade dos utilizadores e limitar os contactos entre utilizadores maiores com menores de 18 anos.

Em 2007, o MySpace bloqueou cerca de 29 mil utilizadores suspeitos que identificou com um software desenvolvido em parceria com a empresa de segurança Sentinel. O sistema consiste em encontrar uma correspondência entre uma base de dados de perfis de criminosos com perfis dos utilizadores dos sites.

Segundo a BBC, as medidas do Facebook para controlar a presença de criminosos sexuais no seu site têm sido questionadas uma vez que os seus administradores se recusam a utilizar o software Sentinel e utilizam os seus próprios meios para identificar predadores. Uma investigação externa identificou cerca de 4000 contas de utilizadores suspeitos no Facebbok.

O Facebook ainda não respondeu ao pedido dos procuradores-gerais, mas o porta-voz do site disse à BBC que “estão a trabalhar produtivamente com o procurador-geral há mais de três anos e que vão continuar com a colaboração.”

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