PSD: Marcelo Rebelo de Sousa esclarece que não é candidato a líder "até 2009 ou depois de 2009"

Foto
Rebelo de Sousa considera que foi mal interpretado PÚBLICO (arquivo)

O ex-líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa esclareceu ontem à noite que não será candidato à liderança do PSD nem antes nem depois das legislativas de 2009.

"Não, n-a-o, til. Não até 2009, não depois de 2009", afirmou o professor de Direito no programa "As Escolhas de Marcelo", na RTP.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, esta posição "confirma" o que disse no programa da semana passada, "segundo a sua interpretação, mas que muita gente interpretou de outra maneira".

Na semana passada, Marcelo Rebelo de Sousa tinha afirmado não ser candidato à liderança do PSD até 2009.

"Não sou candidato à liderança do PSD certamente até 2009. Em nenhum momento isso está na minha intenção, mas sei lá se isso não acontece", afirmou.

Rebelo de Sousa voltou nessa altura a fazer a parábola da "descida" de Cristo à Terra e admitiu que se viesse a concorrer seria um "mau sinal" para o seu partido.

Parafraseando uma frase sua, ao garantir em 1996 que não seria candidato "nem que Cristo desça à Terra", Marcelo lembrou que afinal Cristo desceu e ele concorreu.

"Cristo não desce, por minha vontade, até 2009. Depois, não é provável que desça. Seria uma grande surpresa para mim e um mau sinal para o partido. Há gente mais jovem - Rui Rio, Pedro Passos Coelho", afirmou na semana passada.

Hoje, dizendo querer "confirmar o que disse, mas sendo ainda mais explicíto", Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que não será candidato à liderança do partido mesmo depois das legislativas de 2009.

"É não sem limite de tempo", assegurou.

Esta semana, a Comissão Permanente da distrital de Braga decidiu convocar os órgãos do partido tendo em vista a possibilidade de convocação de um congresso extraordinário, sugerindo o nome de Marcelo Rebelo de Sousa como uma alternativa à actual líder Manuela Ferreira Leite.

No entanto, a primeira reunião, realizada quinta-feira à noite, a da Comissão Política Distrital, alargada aos presidentes das secções concelhias do distrito, manifestou "solidariedade" à presidente do PSD, tendo estado, também, contra um eventual pedido de realização de um congresso extraordinário.

Sugerir correcção
Comentar