Joaquim Coimbra remete para mais tarde comentário sobre divergências com Menezes

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Menezes avançou que foi Joaquim Coimbra o elemento da Comissão Política do PSD que entrou em rota de colisão consigo e pediu a demissão Nelson Garrido

Joaquim Coimbra afirmou hoje que "a seu tempo" falará sobre a discussão travada no PSD relativa à constituição de uma comissão de inquérito à supervisão bancária no caso Banco Comercial Português (BCP) e que levou à sua demissão da Comissão Política Nacional do partido.

Questionado sobre se confirmava a versão de Luís Filipe Menezes de que se tinha demitido da Comissão Política Nacional por os social-democratas terem avançado com a comissão de inquérito, Joaquim Coimbra devolveu a resposta ao ex-líder do PSD. "O dr. Menezes é que tem tudo para dizer. Ele é que sabe", começou por reagir o empresário, que é também um dos maiores accionistas do Banco Português de Negócios (BPN).

Perante a insistência dos jornalistas, Joaquim Coimbra referiu então que, por enquanto, nada tem a dizer sobre esse processo interno na Comissão Política do PSD. "Ele [Luís Filipe Menezes] que diga tudo o que sabe. A seu tempo direi", advertiu.

Confrontado com a decisão do Parlamento de criar uma comissão de inquérito à supervisão no BPN, Joaquim Coimbra foi claro na resposta: "Acho muito bem. Concordo".

Na última sexta-feira, Menezes avançou que Joaquim Coimbra foi o elemento da Comissão Política do PSD que entrou em rota de colisão consigo e pediu a demissão, quando o ex-líder social-democrata propôs uma comissão de inquérito.

O anúncio foi feito num comunicado do gabinete de imprensa de Menezes, após a polémica gerada pelas suas declarações à RTPN. Nessas declarações, o antigo líder do PSD revelou que vários membros da Comissão Política se demitiram na sequência da sua proposta “porque eram accionistas de referência do BPN e tinham medo que a supervisão bancária fosse tocar nos interesses, por ventura, de instituições financeiras que não estavam a funcionar de acordo com os padrões de transparência do Estado de Direito”.

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