Plano Tecnológico da Educação vai custar 400 milhões de euros até 2010

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"Queremos criar condições de igualdade entre todas as escolas", diz Maria de Lurdes Rodrigues Marilyn Marques/PÚBLICO (arquivo)

O Governo aprovou hoje a criação do Plano Tecnológico da Educação, que irá custar 400 milhões de euros e tem como objectivo a modernização tecnológica das escolas dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do secundário.

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, a coordenação do Plano Tecnológico da Educação — 70 a 85 por cento financiado por fundos comunitários — será feita por um conselho de gestão que irá integrar os dirigentes máximos dos organismos centrais e regionais do Ministério da Educação e outras estruturas ministeriais relevantes para a sua execução.

"Queremos criar condições de igualdade entre todas as escolas", disse a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, na conferência de imprensa realizada no final da reunião semanal do Conselho de Ministros.
Segundo a ministra da Educação, para além da modernização tecnológica das escolas dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e secundário, o plano também dará às escolas a possibilidade de aliviarem a burocracia de alguns actos, como as matrículas, as compras para as cantinas e papelarias, além de "facilitar o contacto entre as escolas e as famílias" e dar melhores condições de segurança.

Quadros interactivos em todas as escolas a partir de Setembro


Já no próximo mês, na abertura do ano lectivo, todas as escolas vão receber quadros interactivos, um computador de suporte e videoprojectores, disse Maria de Lurdes Rodrigues, acrescentando que "o reforço de computadores portáteis também vai continuar".



Por outro lado, arrancará também a instalação de redes locais que permitam o acesso à Internet em todos os pontos das escolas.



"A partir do final do primeiro trimestre [do próximo ano] esperamos já ter resultados do programa de redes locais. É o programa mais urgente", considerou a ministra da Educação, referindo que "mais de 65 por cento dos alunos não tem acesso a um computador e à Internet em casa".



O Programa Tecnológico da Educação — que deverá estar concluído em 2010 — tem como principais objectivos "atingir o rácio de dois alunos por computador com ligação à Internet", garantir em todas as escolas o acesso à Internet em banda larga, a criação do cartão electrónico para todos os alunos e a disponibilização de endereços electrónicos a todos os alunos e docentes.


Tecnologia, conteúdos e formação


Conforme disse Maria de Lurdes Rodrigues, o Plano Tecnológico da Educação estrutura-se em três eixos de actuação principais: tecnologia, conteúdos e formação.



No eixo da tecnologia, um dos projectos chave a implementar é o "kit tecnológico escola", que visa dotar todas as escolas de um número adequado de computadores, impressoras, videoprojectores e quadros interactivos.



Ainda no eixo tecnologia está prevista a ligação de todos os computadores das escolas através de banda larga de alta velocidade, a criação de redes locais e a dotação da totalidade das escolas com sistemas de alarme e videovigilância.


No eixo dos conteúdos, um dos projectos chave é o mais-escola.pt, que visa promover "a produção, distribuição e a utilização de conteúdos informáticos nos métodos de ensino", como por exemplo a criação da sebenta electrónica.
Outros dos projectos deste eixo é a escola Simplex, que tem como objectivo aumentar a eficiência da gestão e comunicação entre os agentes da comunidade educativa, bem como generalizar a utilização de sistemas electrónicos de gestão de processos e de documentação.

Relativamente ao eixo da formação, os projectos chave são "a formação e certificação de competências em Tecnologias da Informação e da Comunicação", que visa promover a formação dos agentes da comunidade educativa.

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