O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje que não vai pedir desculpas ao vogal da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, Jorge Galamba, por ter posto em causa a sua isenção.

Jerónimo de Sousa referiu-se ontem a Jorge Galamba, durante um almoço-comício em Santarém, como alguém que esteve "durante 20 anos responsável pelas contas do PS". Mas quem assumiu essas funções, durante vários anos, foi o deputado António Galamba, o que levou os jornalistas a pensar que Jerónimo de Sousa se teria enganado, até porque tratou o responsável apenas por "senhor Galamba".

Hoje, no decorrer de uma acção de rua em Algés, Jerónimo de Sousa afirmou que não se enganou e que apenas terá cometido "uma imprecisão" quanto ao número de anos em que Jorge Galamba foi responsável pelas contas do PS.

"Qualquer pedido de desculpas remete para uma entrevista que deu à revista ‘Visão’", disse Jerónimo de Sousa, referindo-se ao facto de Jorge Galamba ter dito que a questão de ser ou não isento à frente da entidade que fiscaliza as contas partidárias teria de ser colocada a quem o nomeou.

Jerónimo de Sousa reafirmou que Jorge Galamba foi "responsável financeiro" do PS e que ontem em Santarém não confundiu "os Galambas".

"Pode haver uma imprecisão quanto ao tempo em que teve responsabilidades", disse, acrescentando que se referia de facto a Jorge Galamba e não ao deputado e candidato a autarca.

"Não há que pedir desculpas", garantiu, reafirmando que Jorge Galamba "em certo período da sua vida foi responsável pelas contas do PS".