Eleições: Presidente da República testa voto electrónico

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Jorge Sampaio achou o voto electrónico muito interessante e muito fácil Inácio Rosa/Lusa

O Presidente da República, Jorge Sampaio, lembrou hoje que "o povo tem a legitimidade única e insubstituível de decidir", depois de exercer o seu direito cívico e testar o voto electrónico numa escola de Lisboa.

Com o número de eleitor 11.372, Jorge Fernando Branco Sampaio votou cerca das 11h00 na Escola Preparatória Marquesa de Alorna, em Lisboa, acompanhado pela mulher, Maria José Ritta.

Depois de cumprir o dever cívico, Sampaio participou na experiência-piloto de voto electrónico nas mesas instaladas na escola e manifestou o desejo de em breve o sistema poder ser adoptado em Portugal.

"Gostei muito, achei muito interessante, muito fácil", reconheceu o Chefe de Estado, considerando "inevitável que mais tarde ou mais cedo" o sistema de voto electrónico passe a ser definitivo.

"Se o Brasil consegue bater todos os recordes de se saber ao fim do dia o que disseram 117 milhões de pessoas, e na Índia também, penso que para nós não é difícil montar este sistema, ser muito rápido e acabar com os votos nulos", sublinhou.

Por outro lado, Jorge Sampaio voltou a manifestar a esperança que os cidadãos vão às urnas para que Portugal possa vencer a crise.

"Quem fica à margem, fá-lo com legitimidade. Mas penso que num momento como este todos devemos fazer uma introspecção e dizer: tem que ser, eu tenho de lá ir dizer o que penso sobre o futuro", sustentou.

"Neste caso concreto é preciso que as pessoas assumam que é o destino de Portugal e das soluções para os portugueses que estão nas suas mãos", acrescentou.

O Presidente da República admitiu que "são sempre grandes momentos" quando sai de casa para ir votar.

"Quem levou tantos anos da sua vida - até aos 34, 35 anos - sem votar, ou quando votava sabia que era uma aldrabice, isto é sempre uma espécie de permanente renovação e de esperança", sublinhou.

Depois de votar, Jorge Sampaio deslocou-se a uma pequena pastelaria perto da Escola Marquesa de Alorna para beber uma meia de leite e comer um croquete.

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