Câmara do Cartaxo contrata médicos para garantir cuidados de saúde

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A Câmara do Cartaxo está também a negociar com uma entidade privada a prestação de serviços de saúde 24 horas por dia Adriano Miranda (PÚBLICO)

A Câmara do Cartaxo vai contratar três clínicos para garantir a cobertura médica em todo o município, numa altura em que pelo menos quatro mil dos 25 mil habitantes do concelho continuam sem médico de família.

O presidente da autarquia, Paulo Caldas, explicou à Lusa que os contratos com os três médicos serão celebrados ainda este mês, estando previsto o pagamento de compensações extra no valor de cerca de mil euros aos salários pagos pela Administração Regional de Saúde.

Além desta contratação, Paulo Caldas revela que a Câmara do Cartaxo está a negociar com uma entidade privada a prestação de serviços de saúde 24 horas por dia, uma vez que o centro de saúde encerra às 00h00, tendo os doentes, depois dessa hora, de se dirigir ao hospital de Santarém.

Sublinhando que o Programa Saúde, da responsabilidade da autarquia, terá, em 2005, uma dotação de 150 mil euros - o triplo da verba inscrita este ano no orçamento municipal -, o autarca indicou que a Câmara vai pagar o projecto para o alargamento do centro de saúde e valorizar a extensão de saúde de Vila Chã de Ourique, após ter este ano feito alguns melhoramentos na extensão de Valada.

A autarquia pretende igualmente celebrar contratos com alguns guardas-nocturnos para aumentar a vigilância no concelho, dado que, segundo Paulo Caldas, o Ministério da Administração Interna não reagiu à sua proposta de colocação de pessoal da autarquia nos serviços administrativos da PSP de forma a libertar agentes para acções de policiamento.

O presidente da Câmara do Cartaxo espera ainda que a construção de uma nova esquadra para a PSP seja inscrita no Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central para o próximo ano. Caso tal se confirme, Paulo Caldas garante a disponibilidade da autarquia para financiar o projecto como forma de pressionar o Governo a avançar com a obra e, se mesmo assim não o conseguir, pondera assumir a sua construção a partir de 2006.

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