Governo vai combater praga de jacintos de água na Pateira de Fermentelos

Foto
A intervenção na Pateira de Fermentelos insere-se em programa mais vasto nas lagoas e pateiras do litoral centro DR

O Ministério do Ambiente anunciou hoje a intervenção imediata na Pateira de Fermentelos, na região de Aveiro, para combater a infestação de jacintos de água, mas o programa exclui qualquer acção no Rio Vouga, também infestado.

De acordo com um comunicado de imprensa daquele Ministério, no tocante à Pateira de Fermentelos, vão ser desencadeadas de imediato acções de combate à planta infestante, através de meios mecânicos e manuais.

Os trabalhos, segundo a mesma fonte, constam de uma empreitada agora adjudicada e arrancam ainda esta semana, tendo um custo estimado em 50 mil euros e outro tanto numa segunda fase, a decorrer durante os próximos dois meses.

A intervenção de emergência na Pateira de Fermentelos insere-se num programa mais vasto de intervenção nas lagoas e pateiras do litoral centro, de iniciativa conjunta da Comissão de Coordenação Regional do Centro (CCDR) e do Instituto da Conservação da Natureza (ICN), para requalificação e renaturalização daquelas zonas húmidas, que será articulado e acompanhado também pelo Instituto da Água (Inag) e pelas autarquias locais envolvidas.

A intervenção do Governo para estancar a proliferação de jacintos de água tinha sido reclamada pelo Partido Ecologista "Os Verdes" e por movimentos ambientalistas, bem como pelo presidente da Junta de Freguesia de Cacia, Aveiro, Jaime Vinagre, o qual defendeu que o rio Vouga devia ser abrangido, o que não se verifica.

"Os jacintos estão a causar problemas não só à pesca como à navegação, criando um manto denso e extenso sobre o rio e já está mesmo a invadir as valas de drenagem dos campos do Baixo Vouga", descreveu na ocasião o presidente da Junta de Freguesia de Cacia.

O jacinto, que se reproduz por sementes e por rebentos, é oriundo da América do Sul, principalmente da bacia do Amazonas, e foi introduzido em Portugal como planta ornamental nos anos 30.

Sugerir correcção
Comentar